Com a proximidade do fim do debate sobre a anistia (ou dosimetria da pena) aos presos do 8 de Janeiro, o PL se prepara para concentrar sua artilharia contra o governo Lula na CPMI do INSS do Congresso Nacional.
Segundo apurou a coluna, caso a anistia seja realmente votada na Câmara nesta semana, o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), promete se concentrar primordialmente nas articulações da CPMI.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Sóstenes Cavalcante
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fot2 de 3
Sóstenes Cavalcante
Igo Estrela/Metrópoles. @igoestrela3 de 3
Sóstenes Cavalcante
Igo Estrela/Metrópoles. @igoestrela
A expectativa é que, com o reforço de Sóstenes na articulação, a oposição consiga, finalmente, maioria para convocar Frei Chico, irmão de Lula e vice-presidente de um dos sindicatos investigados no escândalo do INSS.
Tanto o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), quanto o presidente, senador Carlos Viana (Podemos-MG), defendem a convocação. Governistas dizem, entretanto, que não há votos para chamar Frei Chico.
Leia também
-
Líder PL traça estratégia para votar anistia e calcula ter 278 votos
-
Com aposentadoria de Barroso, Lula fará sua 11ª indicação ao STF
-
A aposta de bolsonaristas sobre quem será o sucessor de Barroso no STF
-
Para Valdemar, Trump e economia ajudaram Lula em pesquisa
Uma das estratégias do PL é intensificar a articulação junto a partidos do Centrão para que eles troquem seus membros na comissão por parlamentares que apoiam a convocação do irmão de Lula.
Alvo da PF
Na quinta-feira (9/10), o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), que tem Frei Chico como vice-presidente, foi alvo da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
O sindicato foi alvo de mandados de busca e apreensão em seu endereço em São Paulo. A PF também cumpriu mandados de busca nas casas do presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, e de dirigentes da entidade.
A Farra do INSS foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de 2023. Em abril de 2025 o escândalo tornou-se alvo da PF por meio da primeira fase da Operação Sem Desconto.
Segundo a PF, a ação da quinta-feira teve o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.