MAIS

    Policial recém-promovido morre em confronto com o CV no RJ

    Por

    Um dos policiais mortos durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), deflagrada no Rio de Janeiro (RJ) na manhã desta terça-feira (28/10), havia sido promovido nessa segunda (27) e estava realizado com a notícia.

    A coluna apurou, com colegas da corporação, que Marcus Vinicius Cardoso de Carvalho (foto em destaque), de 51 anos, havia tido sua promoção definida em uma reunião realizada nessa segunda.

    Leia também

    Apelidado pelos colegas de “Máskara”, ele entrou para a Polícia Civil em junho de 1999 e atualmente chefiava o Setor de Investigações, da 53ª DP (Mesquita).

    O cargo para o qual ele havia sido promovido foi o de comissário de polícia — o maior cargo que um investigador pode atingir dentro da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

    Quatro policiais mortos

    Além de Marcus Vinicius, outros três policiais morreram durante a megaoperação.

    Eles foram identificados como Rodrigo Velloso Cabral, 34, Cleiton Serafim Gonçalves, 42, e Herbert Carvalho da Fonseca, 39. Os dois últimos eram policiais militares lotados no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

    A ofensiva

    Na madrugada desta terça (28), moradores das respectivas comunidades foram acordados com os sons dos disparos e barricadas em chamas.

    Cerca de 2,5 mil agentes de segurança saíram às ruas dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, para participar da ofensiva contra a facção criminosa.

    A ação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha e conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/PMERJ).

    Coletiva de imprensa

    Ainda na manhã desta terça (28/10), a PCERJ, com a Polícia Militar e o Governo do Rio, concedeu uma entrevista coletiva para detalhar a megaoperação.

    Durante a entrevista, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou a operação como a maior já realizada no estado e destacou que a ação foi planejada para ocorrer em áreas de mata, longe das comunidades, priorizando a segurança da população.

    As autoridades confirmaram que, em retaliação à megaoperação, traficantes do CV lançaram bombas com drones contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil do RJ.

    O pronunciamento ocorreu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, onde as forças de segurança centralizam o monitoramento das ações em tempo real.