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Presos por morte de advogado procuravam por vítimas no centro de SP

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Presos por morte de advogado procuravam por vítimas no centro de SP

O trio preso por suspeita de envolvimento na morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, em Higienópolis, vagou pelo centro de São Paulo atrás de vítimas para roubar. Eles estariam acompanhados de um quarto suspeito, ainda não identificado pela polícia.

A informação consta nos depoimentos dos suspeitos à Polícia Civil, obtidos pelo Metrópoles.

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José Lucas Domigo Alves, de 23 anos

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Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45

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Lucas Bras dos Santos, de 27

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Procurando um alvo

A ideia de sair para cometer assaltos teria partido do casal Lucas Bras dos Santos, de 27 anos, e Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, 45, que aparecem em vídeos de câmeras de segurança agredindo e roubando Pacheco.

Eles teriam convidado José Lucas Domigo Alves, 23, e outro homem, identificado apenas como Willian, para roubar vítimas no centro de São Paulo.

O grupo, que vive em situação de rua, partiu da região do Terminal Bandeira rumo ao Vale do Anhangabaú, “onde não encontraram pessoas de interesse para roubar”, conforme o relatório policial.

Eles seguiram até a Praça da República e, depois, até a Praça Roosevelt. Nos dois locais, também não encontraram potenciais vítimas.

Por fim, o grupo se dirigiu a Higienópolis quando, por volta da 1h da última quarta-feira (1º/10), encontrou Pacheco embriagado e vulnerável, apoiado em um poste de sinalização, na Rua Itambé.

José e Willian, receosos com a proximidade de uma guarita de segurança, teriam desistido de participar da ação e saído do local. Como mostram imagens que registram o caso, somente Lucas e Ana Paula abordaram Pacheco.

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O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco

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O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco

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O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco

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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrer

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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrer

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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrer

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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrer

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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrer

Material cedido ao Metrópoles

Vídeo completo mostra agressão e roubo

Imagens mostram o momento em que Pacheco é abordado na esquina das ruas Itambé e Maranhão. É possível ver o assaltante pegar algo do bolso do advogado, que resiste em entregar. Depois, o suspeito dá um soco na vítima, que cai no chão. A cena é acompanhada de perto pela mulher que acompanha o assaltante. Veja:

Um carro passou pelo local e viu Pacheco caído no chão. O motorista desceu do veículo e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, em seguida, a Polícia Militar (PM) para socorrê-lo. “Demoraram 40 minutos para estar no local”, disse ao Metrópoles o advogado e amigo da vítima, Ivan Filler Calmanovici.

O motorista também prestou depoimento à polícia. Em interrogatório, ele afirmou que viu Pacheco convulsionando após cair e bater a cabeça no chão. Quando os policiais militares chegaram, o advogado já estava morto.

Tentaram vender iPhone e Rolex

Em interrogatório, José e Ana Paula afirmaram que Lucas tentou vender o aparelho iPhone e o relógio Rolex subtraídos da vítima. Poucas horas após o assalto, o suspeito teria ido até o Glicério negociar a venda do telefone. Por volta das 12h do dia do crime, ele teria se dirigido a uma loja da Rolex na Avenida Paulista, onde descobriu que o item é avaliado em R$ 94 mil.

Ao ser interrogado, Lucas afirmou que a venda não foi fechada, porém não soube dizer onde estariam os pertences do advogado. De acordo com o relatório policial, a localização do celular de Pacheco batia com o local em que os suspeitos foram encontrados, um estabelecimento que fornece refeições para populações vulneráveis, próximo ao Terminal Bandeira.

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Os três suspeitos foram presos na noite dessa sexta (3/10), em cumprimento de mandados de prisão temporária expedidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Eles passaram por audiência de custódia neste sábado (4/10) e permanecem detidos.

Em relatório, a autoridade policial afirmou estar “empenhada” em identificar e localizar um quarto suspeito, chamado apenas de Willian. Ele, assim como José, teria sido convidado a participar do roubo, mas não estava presente no momento do crime.

A investigação trata o ocorrido como um “crime de oportunidade”, visto que o advogado saía de um estabelecimento aparentando estar embriagado, quando foi abordado pelos criminosos. Os investigadores aguardam a divulgação dos resultados dos laudos médicos que indicarão a causa da morte.

Quem era o advogado

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