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    Promotor Gakiya diz que teve casa monitorada pelo PCC com drones

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    O promotor Lincoln Gakiya, ameaçado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), afirmou que teve a casa monitorada por drones da facção criminosa, durante uma coletiva de imprensa do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), nesta sexta-feira (24/10). Gakiya atua no combate ao crime organizado e vive há mais de 10 anos sob escolta de grupos de elite da Polícia Militar (PM).

    Uma operação contra membros da facção foi deflagrada pelo MPSP e pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (24/10). A ação cumpre mandados de busca e apreensão de suspeitos por planejarem o assassinato do promotor e do coordenador de presídios Roberto Medina.

    Investigações apontaram a existência de uma célula do crime organizado estruturada de forma compartimentada e “altamente disciplinada”, encarregada de realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, “com a clara finalidade de preparar atentados contra esses alvos previamente selecionados”, segundo o MPSP.

    Durante a coletiva de imprensa realizada pelo órgão nesta manhã, o promotor Lincoln Gakiya afirmou que notou sua casa sendo monitorada por drones há três semanas. Além disso, os suspeitos haviam identificado e mapeado os hábitos diários de autoridades.

    “Eu tive sobrevoo de drone há 3 semanas na minha residência”, afirmou Gakiya.

    Nesta manhã, são cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1), todas no interior de São Paulo.

    A Operação Recon, coordenada pelo MPSP e pela Polícia Civil, identificou os envolvidos na fase de reconhecimento e vigilância, bem como fez a apreensão de materiais e equipamentos que serão submetidos à perícia e, em última análise, poderão levar à descoberta dos responsáveis pela etapa de execução do atentado.