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    PT acusa Tarcísio de “ludibriar” STF com novo texto da Lei de Terras

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    O PT voltou a recorrer ao Supremo para tentar barrar o Programa Estadual de Regularização de Terras do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O partido protocolou, na madrugada desta sexta-feira (17/10), uma petição sobre uma lei, de autoria do governador, à Ação Direta de Inconstitucionalidade movida sobre o tema no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Para a oposição, o novo texto abre caminho para a entrega de terras ainda maiores e para imóveis improdutivos. A sigla afirma que as alterações são uma forma do governo estadual tentar “ludibriar” o Supremo e “simular” constitucionalidade ao programa.

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    O Programa Estadual de Terras é questionado desde o início da gestão Tarcísio, sob a acusação de que ele turbinou a entrega de milhares de hectares de terras públicas ocupadas irregularmente com descontos de até 90%.

    O projeto vem sendo executado com base em uma lei promulgada em 2022, durante a gestão Rodrigo Garcia (sem partido), e que é alvo da ação no STF. Essa legislação foi modificada no segundo semestre deste ano após a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovar nova lei, de autoria de Tarcísio.

    PT quer retomar discussão no Supremo

    O Metrópoles noticiou que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), tem procurado ministros do Supremo para tratar da ADI. O objetivo da investida petista é fazer com que o julgamento da ação que alega que a inconstitucionalidade da lei seja retomada pela Corte.

    Além de Dino e Gilmar, o ministro de Lula também já solicitou uma audiência com a ministra Cármen Lúcia, relatora da ADI, e ainda busca um encontro com Alexandre de Moraes, que foi alvo de ataques de Tarcísio na manifestação bolsonarista de 7 de Setembro.

    Em 2023, o atual secretário estadual da Agricultura, Guilherme Piai, chegou a incentivar a aplicação da legislação paulista “antes que a lei caísse” no STF. A Corte, no entanto, tirou o tema de pauta no mesmo ano, após Tarcísio se reunir com alguns ministros. Desde então, o assunto não voltou a ser debatido pelos magistrados.