Lideranças do PT no Congresso veem um movimento de bolsonaristas para usar a operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho com o objetivo de tentar puxar a pauta da segurança pública de volta para a direita.
Na visão de petistas, o governo Lula teria conseguido, por meio da Operação Carbono Oculto, que mirou o PCC, incorporar parte do discurso sobre segurança — o que teria irritado a oposição bolsonarista.



Imagens da megaoperação no Rio de Janeiro
Reprodução
Megaoperação no Complexo do Alemão e da Penha
Reprodução/Redes sociais
O governador do Rio, Claudio Castro
Vinicius Schmidt/Metrópoles
Nesse cenário, lideranças do PT avaliam que as críticas à gestão Lula feitas pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e repetidas por aliados de Jair Bolsonaro após a operação seriam “de caso pensado”.
Com base nesse diagnóstico, petistas já planejam, nos bastidores, uma reação política. A estratégia envolve, por exemplo, intensificar a pressão para votar a PEC da Segurança, a qual Castro já se posicionou contra.
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Outra medida esperada pelos petistas é o avanço do projeto de lei antifacções, que está parado na Casa Civil. Caciques do PT afirmam que o governo deverá acelerar a formulação do texto para enviá-lo à Câmara.
A operação no Rio foi realizada pelas polícias Civil e Militar nos complexos da Maré e do Alemão. A ação deixou mais de 60 pessoas mortas, o que a torna a mais letal da história. Entre as vítimas, estão quatro policiais.


