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    Quem é o assessor de prefeitura preso suspeito de trabalhar para o CV

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    A segunda fase da Operação Asfixia, deflagrada nesta quinta-feira (2/10) pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público, não atingiu apenas integrantes do tráfico de drogas ligados ao Comando Vermelho (CV) na Região Serrana.

    A coluna apurou que entre os alvos da ação, está Robson Esteves de Oliveira, assessor especial da Prefeitura de Petrópolis, preso sob a suspeita de integrar o esquema criminoso que movimentava drogas e milhões em patrimônio ilegal.

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    Segundo as investigações, Robson teria usado sua posição de confiança dentro da administração municipal para atuar em benefício da facção. Para os investigadores, a presença dele na estrutura pública representava um braço institucional do crime, fortalecendo a rede de proteção e logística da quadrilha.

    Além do assessor, um policial militar também é investigado por atuar como informante da organização criminosa. Segundo as investigações, ele recebia pagamentos para vazar informações sigilosas, dificultando operações policiais, além de facilitar a logística do tráfico e expor colegas de farda às ações da facção.

    A ação resultou no cumprimento de 18 mandados de prisão, com 12 pessoas já detidas, além do bloqueio de aproximadamente R$ 700 mil em bens da facção Comando Vermelho (CV).

    De acordo com a polícia, os chefes do grupo permanecem escondidos no Complexo da Maré, no Rio, de onde coordenam o transporte de drogas para a Região Serrana e redistribuem entorpecentes em bairros de Itaipava, sob a gerência de líderes locais. Além do tráfico, o grupo impunha regras violentas às comunidades, mantendo os moradores sob ameaça constante.

    A Operação Asfixia é conduzida pela 106ª DP (Itaipava) e pela Core, com apoio do Gaeco/MP-RJ e da Corregedoria da PM.