O ex-policial militar do Distrito Federal (DF) alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nesta sexta-feira (17/10) é Carlos Victor Fernandes Vitório (foto em destaque).
O homem tornou-se alvo da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) após ser denunciado por stalking e crimes contra a honra, cometidos por meio das redes sociais.
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Vitório foi expulso da Polícia Militar do DF (PMDF) em março do ano passado, após criticar o posicionamento do comando da PMDF em relação à pandemia de Covid-19, em 2021.
À época, ele criticou, por exemplo, o valor investido pela corporação na troca de fardamento, enquanto a maioria dos praças e oficiais ainda estavam sem a imunização.
Segundo o processo administrativo, Vitório foi expulso por ter praticado condutas irregulares e atos cuja natureza e gravidade afetam a honra pessoal.
“Jornalista e blogueiro”
O ex-servidor público se autodeclara jornalista e blogueiro. Ele mantém um perfil no Instagram, com aproximadamente 50 mil seguidores, onde publica diariamente sobre sua expulsão e faz críticas a políticos.
Vitório acumula mais de duas mil publicações no perfil.
Investigação e operação
Ele é alvo da Operação Victus, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), nesta sexta-feira (17/10).
A ação, conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), cumpriu mandados de busca e apreensão e determinou medidas cautelares contra Vitório.
A investigação teve origem após uma vítima denunciar estar sendo alvo de crimes contra a honra e perseguição sistemática, por meio de publicações em redes sociais.
Segundo a polícia, as apurações revelaram histórico criminal extenso do investigado, constando dezenas de ocorrências pela prática de crimes contra a honra, evidenciando padrão sistemático de condutas criminosas direcionadas principalmente a autoridades públicas e figuras políticas.
Ainda de acordo com a PCDF, no caso específico analisado, os ataques iniciaram-se com exposição de dados pessoais e profissionais da vítima, evoluindo para investigação da vida familiar e culminando com ações presenciais, incluindo incursão à residência da vítima e captação não autorizada de imagens do interior da residência por meio de drone.
O suspeito chegou a divulgar o endereço residencial completo da vítima, acompanhado de imagens detalhadas da propriedade.
Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão para coleta de dispositivos eletrônicos, o Poder Judiciário determinou a aplicação de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de aproximação da vítima em um raio de 500 metros.
As ordens judiciais visam apreender dispositivos eletrônicos e elementos que subsidiem a investigação em curso, além de cessar a continuidade dos crimes e proteger a integridade física da vítima e sua família.
