O homem, de 38 anos, preso nessa sexta-feira (24/10), por suspeita de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes é Paulo Henrique Caetano Sales, o PH. Ele é apontado como dono de uma das casas usadas pelos criminosos responsáveis pela execução, que ocorreu no último dia 15 de setembro, na Praia Grande, litoral paulista.
PH foi localizado no Jardim Shangrilá, na zona sul da capital. A prisão é a nona realizada durante as investigações sobre o homicídio. Dois suspeitos, identificados como Flávio e Luiz, estão foragidos, e um morreu após supostamente reagir à abordagem de policiais civis.
Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, o secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Osvaldo Nico, disse que PH era alvo de um mandado de prisão temporária.
“Parabéns ao pessoal da Delegacia de Homicídios. Estão trabalhando muito no caso do dr Ruy. Agora é o nono. Um foi para cima porque teve confronto com a polícia, e oito estão presos”, afirmou o número 2 da SSP.
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Em nota, a pasta disse que “as investigações prosseguem pelo DHPP para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos. Até o momento, nove envolvidos estão presos, dois se encontram foragidos e um morreu após resistir à abordagem policial”.



Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo
Reprodução/Prefeitura de Praia Grande
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo
Divulgação/Alesp
Prefeitura de Praia Grande/Divulgação
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo
Divulgação/Polícia Civil
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo
Divulgação/Alesp
Vídeo mostra dinâmica de atentado que matou o ex-delegado-geral de SP, Ruy Ferraz Fontes
Reprodução/ vídeo cedido ao Metrópoles
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi executado por criminosos em Praia Grande, litoral de São Paulo
Reprodução/Redes Sociais
Paulo Henrique, PH
Reprodução
Polícia Civil de São Paulo prendeu sétimo suspeito de envolvimento na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
Divulgação/Polícia Civil
Danilo Pereira Pena, conhecido como Matemático
Polícia Civil/Reprodução

Suspeitos de participação da morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes
Divulgação/Polícia Civil
Prisões anteriores
- José Nildo da Silva, de 47 anos, é suspeito de ser um dos atiradores. Ele teria se dirigido a uma das quatro residências que teriam sido usadas na logística do crime após a execução. Ele foi preso em Itanhaém no final de outubro.
- Danilo Pereira Pena, conhecido como Matemático, teria organizado parte da operação criminosa, incumbindo outro indivíduo de transportar um terceiro participante.
- Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, teve digitais identificadas pela perícia em um dos carros usados no assassinato. Ele é apontado como “disciplina” da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no ABC Paulista, na região metropolitana de São Paulo.
- William Silva Marques, dono da casa usada como QG do crime.
- Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar e apontado como um dos atiradores.
- Dahesley Oliveira Pires, acusada de ser a pessoa que buscou o fuzil no litoral paulista.
- Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, que teria sido responsável por dar carona para um dos criminosos fugir da cena do crime. A ação teria sido orientada por Danilo Pereira Pena, o Matemático.
- Umberto Alberto Gomes, apontado como um possível atirador e morto em confronto com a polícia no Paraná. As impressões digitais dele foram detectadas em um imóvel em Mongaguá, que teria sido utilizado pela quadrilha antes do crime.
- Cristiano Alves da Silva, 36, conhecido como “Cris Brown”, é apontado como proprietário da casa em Mongaguá que foi utilizada como ponto de apoio aos criminosos.
Linhas de investigação
O ex-delegado e então secretário da Administração de Praia Grande foi morto em uma emboscada no dia 15 de setembro. Pouco mais de um mês após o crime, fontes próximas à investigação confirmaram ao Metrópoles que, até o momento, a apuração trabalha com duas principais hipóteses:
Vingança do crime organizado, tendo em vista os anos de carreira que Ruy Ferraz dedicou em combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Retaliação de colegas de prefeitura, uma vez que o ex-delegado estaria supervisionando um contrato milionário de licitação, que previa a compra de equipamentos destinados à ampliação do sistema de videomonitoramento e wi-fi da gestão municipal.





