O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta quinta-feira (30/10) que gentes do Sistema Único de Saúde (SUS) se esconderam em uma carreta por proteção em meio a troca de tiros entre policiais e traficantes durante a megaoperação policial que ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha nesta semana no Rio de Janeiro.
“Durante toda a quarta-feira pela manhã, os nossos profissionais das carretas ficaram protegidos dentro da carreta, tiveram que ficar dentro da carreta, interromper o atendimento”, relatou Padilha a jornalistas durante evento da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), em São Paulo.
Segundo ele, o SUS estava com uma carreta do programa Agora Tem Especialistas no Complexo Alemão desde sexta-feira para fazer exames como mamografia, ultrassom e biópsia para lesões com suspeita de câncer.
“A nossa expectativa da área da saúde é que se retome a normalidade o mais rápido possível, para que as famílias, os pacientes, os profissionais tenham segurança de atuar em qualquer lugar, seja no Rio de Janeiro, seja em qualquer lugar no país”, acrescentou.
Segundo Padilha, a expectativa é que os atendimentos na região sejam retomados ainda nesta quinta-feira (30/10).
“Para a área da saúde, o mais importante é a paz. É a normalidade, porque isso afeta muito o serviço de saúde. Os pacientes deixam de ir para o serviço de saúde, os profissionais com receio”, afirmou.
A megaoperação que envolveu as Policias Civil e Militar do Rio de Janeiro ocorreu na terça-feira passada (28/10) e deixou ao menos 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Entre as vítimas, estão quatro policiais (dois civis e dois militares). Segundo informações das forças de segurança fluminense, 90 fuzis foram apreendidos na ação contra o núcleo da facção Comando Vermelho.

