Em vídeo publicado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté no YouTube, o ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo, detalhou como é a vida dentro do presídio de Tremembé, em São Paulo. Segundo o ex-atleta, ele não possui regalias e é tratado como os demais presidiários.
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“A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer. Quando a gente quer jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo”, iniciou Robinho.



Ex-jogador Robinho
Justiça Federal/Reprodução
Robinho
Marco Luzzani/Getty Images
Robinho já atuou na Seleção Brasileira
O ex-jogador afirmou nunca ter recebido nenhum tipo de benefício na cadeia e que não enfrenta problemas psicológicos nem faz uso de remédios controlados.
“Nunca tive nenhum tipo de benefício. As visitas são aos sábados ou domingos. Quando minha esposa não vem sozinha, vem com meus filhos. A visita é igual e o tratamento é igual para todo mundo. As mentiras que têm saído, que sou liderança, que eu tenho problema psicológico. Nunca tive isso, nunca tive que tomar remédio, graças a Deus”, comentou o ex-atleta.
Robinho ainda disse que faz tudo o que os outros presidiários fazem e que o objetivo do local é reeducar o cidadão que cometeu algum tipo de erro na vida.
“Estou fazendo tudo aquilo que todos reeducandos também podem fazer. Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança aqui, nenhum lugar. Aqui quem manda são os guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”, encerrou Robinho.
O caso Robinho
O crime ocorreu em 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na Itália, à época em que o jogador atuava pelo Milan. Além dele, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma mulher de origem albanesa.
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime. Ele acabou recorrendo da decisão, mas foi considerado culpado em todas as instâncias. A sentença da Itália foi de 9 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo.
Em 2022, a Justiça Italiana julgou o brasileiro na terceira e última instância, impossibilitando qualquer outro tipo de recurso para o ex-jogador, e solicitou a extradição dele ao Brasil para cumprir a pena no país. O pedido foi negado, uma vez que o Brasil impede a extradição de cidadãos para o cumprimento de pena. Mas agora ele cumpre a pena no sistema penitenciário brasileiro.


