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    Rússia condena ataques dos EUA e reafirma apoio à Venezuela

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    A Rússia condenou, neste domingo (5/10), os recentes ataques dos Estados Unidos na costa da Venezuela e manifestou solidariedade ao governo de Nicolás Maduro. A posição foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia após uma conversa telefônica entre o chanceler russo, Sergey Lavrov, e o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yván Gil.

    Segundo o comunicado, ambos expressaram “séria preocupação com a escalada das ações de Washington no Caribe” que, segundo Moscou, pode gerar consequências graves para a estabilidade regional.

    Lavrov afirmou que a Rússia “condena veementemente o novo ataque realizado pelos militares americanos em 3 de outubro contra um navio em águas internacionais perto da Venezuela”.

    O governo russo também alertou que os Estados Unidos poderiam tentar associar sua “guerra declarada contra os cartéis de drogas” à situação no Haiti, interpretando de forma ampla a resolução recentemente aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a missão internacional no país caribenho.

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    Moscou reiterou “amplo apoio e solidariedade à liderança e ao povo venezuelanos” e afirmou que manterá a coordenação diplomática com Caracas em fóruns internacionais, especialmente na ONU, “em defesa da soberania dos estados e contra interferências externas”.

    O posicionamento russo ocorre após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter divulgado, na última sexta-feira (3/10), nas redes sociais, um vídeo de um novo ataque contra uma embarcação venezuelana.

    Segundo o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, quatro pessoas morreram na ação.

    Trump afirmou que o barco transportava “drogas suficientes para matar de 25 a 50 mil pessoas” e justificou a ofensiva como parte da “guerra contra os cartéis de drogas”, política declarada oficialmente pelo governo norte-americano nesta semana.

    O episódio marca ao menos o quarto ataque dos EUA a embarcações no Caribe desde o início da nova campanha militar. Washington alega combater o tráfico internacional, mas até o momento, não apresentou provas concretas de que os navios atingidos estivessem ligados a organizações criminosas.

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    O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro

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