A ação penal que condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (30/10). A parlamentar foi condenada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, após perseguir um jornalista armado em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
Com isso, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, pode dar início à execução da pena da parlamentar, logo que não cabem mais recursos.
A parlamentar está presa na Itália, onde tramita o processo de extradição para o Brasil. Zambelli também foi condenada em outro processo no STF, referente à tentativa de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — pelo qual foi sentenciada a 8 anos de prisão. Esse processo também já transitou em julgado, em junho.
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Carla Zambelli
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A deputada Carla Zambelli está presa na Itália
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O vídeo foi compartilhado por deputados bolsonaristas
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Deputada federal Carla Zambelli
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Deputada federal Carla Zambelli foi condenada por sua participação em um esquema de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023
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Prisão
Poucos dias após a condenação, Zambelli deixou o Brasil. Ela anunciou publicamente, em 3 de junho, que havia deixado o país, mas o Metrópoles apurou que a saída ocorreu em 25 de maio, por via terrestre, na fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e Puerto Iguazú (Argentina). De carro, seguiu até Buenos Aires e, de lá, embarcou para outro destino fora da América do Sul.
De acordo com a Polícia Federal, a deputada não resistiu à abordagem no momento da prisão na Itália. Pouco depois, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que Zambelli se apresentou espontaneamente às autoridades italianas e deu entrada em um pedido de asilo político para tentar evitar a extradição.
Embora já tivesse sido condenada pelo STF, a deputada não estava impedida de viajar, pois o Supremo havia liberado seu passaporte e não impôs restrições à circulação durante a fase recursal.
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