A disputa pela cadeira da presidência do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) afunilou em apenas cinco nomes. É o que afirmou nesta segunda-feira (27/10) o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, em conversa com jornalistas a bordo do Air Force One – o Força Aérea Um, avião oficial da Casa Branca.
Atualmente, o presidente do Fed é Jerome Powell, considerado um desafeto do presidente dos EUA, Donald Trump, que já o criticou abertamente diversas vezes durante o atual mandato. O mandato de Powell à frente da autoridade monetária termina em maio do ano que vem.
Segundo Bessent, os cinco “finalistas” para disputar a indicação de Trump à presidência são os atuais membros do conselho do Fed Christopher Waller e Michelle Bowman; o ex-diretor do Fed Kevin Warsh; o diretor do Conselho Econômico Nacional os EUA, Kevin Hassett; e o executivo Rick Rieder, da gestora de ativos BlackRock.
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Trump deve anunciar indicado até o fim do ano
O secretário do Tesouro dos EUA, encarregado de fazer as entrevistas com os potenciais candidatos à presidência do Fed, disse que planeja uma nova rodada de conversas em breve, antes de apresentar “uma boa lista” a Trump.
Questionado por repórteres, o próprio Trump afirmou que pretende definir o nome do indicado para suceder Powell “antes do fim do ano”.
“Temos uma pessoa que não é nada inteligente agora”, criticou o presidente dos EUA, em referência ao atual chefe da autoridade monetária.
Após a indicação de Donald Trump, o nome escolhido para o Fed terá de ser aprovado em uma sabatina no Senado dos EUA.
Fed vai definir juros nesta semana
Em sua última reunião, nos dias 16 e 17 de setembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed anunciou o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, que passou a se situar no intervalo de 4% a 4,25% ao ano. Foi o primeiro corte de juros feito pela autoridade monetária norte-americana em 2025.
A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros acontece nesta semana, nos dias 28 e 29. A expectativa majoritária do mercado é por mais um corte de 0,25 ponto percentual nos juros.
A taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação nos EUA, ficou em 3%, na base anual, ante 2,9% registrados em agosto.
Na comparação mensal, o índice foi de 0,3%, ante 0,4% do mês anterior. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano.