O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender que o Brasil revise suas políticas sobre a utilização de armas nucleares, vedadas pela Constituição. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (15/10), durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) na Câmara dos Deputados.
Na visão do ministro, apenas nações que tiverem “soberania nuclear” serão respeitados no cenário mundial em um futuro próximo. Atualmente, nove países possuem armas de destruição em massa em seus arsenais: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Israel, Paquistão e Coreia do Norte.
“A Constituição vedou e a gente respeito, mas só será respeitado no mundo aquele que tiver soberania nuclear”, disse Alexandre Silveira. “Então, vai chegar um momento em que a nossa Constituição, eu acredito, vai ter que ser revista porque nós temos a cadeia nuclear completa, e vamos ter que considerar, inclusive, a nuclear para possibilidade de defesa”.
No início de setembro, o ministro de Minas e Energia já havia defendido a mudança nas leis brasileiras, que atualmente não permitem o uso de energia nuclear para o desenvolvimento bélico.
Em evento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), Silveira disse que a energia nuclear deve ser empregada na manutenção de um “país soberano”.
“Com tantas riquezas, temos que nos planejar para utilizar essa fonte [nuclear] para fins de defesa nacional”, declarou o ministro à repórteres.