Entre tantas tendências de beleza que nascem com força nas redes sociais e somem com a mesma velocidade, o skin cycling não passou batido pelos consultórios dermatológicos. Com uma proposta simples, mas precisa, a rotina de cuidados com a pele conquistou espaço não apenas no TikTok, onde viralizou, mas também nas prescrições de especialistas. E isso não aconteceu por acaso.
Leia também
-
4 frutas que podem estimular o colágeno e firmar a pele naturalmente
-
Dia Mundial da Menopausa: veja mitos e verdades sobre a saúde da pele
-
Experts revelam segredos naturais para firmar a pele do pescoço
-
Sexo deixa a pele linda, como afirmou Laura Pausini? Médicas respondem
A técnica consiste em alterar noites de tratamento com noites de recuperação, respeitando o ritmo natural da pele. Para a dermatologista Denise Ozores, especialista em estética dermatológica e defensora de uma beleza mais consciente, o método tem apelo porque devolve à pele algo essencial: tempo.
“O skin cycling respeita a fisiologia da pele. Cada ativo precisa de tempo para agir e de tempo para ser neutralizado. Quando damos esse intervalo, reduzimos inflamações invisíveis e prolongamos os resultados”, explica.
Skincare
Alto Astral/Reprodução
A limpeza da pele é essencial para remover impurezas, excesso de oleosidade e maquiagem
Pexels
Cuidar da pele diariamente garante uma boa textura e previne o envelhecimento
Getty Images/Halfpoint Images
Diversos princípios ativos podem ser usados no skincare
Aleksandra Shamomina/EyeEm/Getty Images
Clique aqui para seguir o canal do Metrópoles Vida&Estilo no WhatsApp
Quatro noites, uma lógica
A estrutura básica do skin cycling segue um ciclo de quatro noites:
- Noite 1: esfoliação química, com ácidos que removam a superfície da pele;
- Noite 2: retinol, que estimula colágeno e combate sinais do tempo;
- Noites 3 e 4: recuperação, com hidratação e regeneração da barreira cutânea.
Esse revezamento impede a sobrecarga de ativos e permite que a pele tenha momentos para se recuperar de estímulos mais intensos.
A beleza da pausa
Segundo a médica, o sucesso do método também revela uma mudança de mentalidade entre quem cuida da pele. “A maioria dos danos cutâneos que atendo hoje vem do excesso, não da falta de cuidado. Esse novo método ensina algo essencial: o tratamento não está apenas no que se aplica, mas no que se suspende.”
Mais do que moderação, o skin cycling convida à observação. A especialista ressalta que o foco sai da performance imediata e volta para o equilíbrio a longo prazo. “A pele deixa de ser um campo de testes para se tornar um organismo com necessidades próprias, que variam com o tempo, o clima, o estresse e tantos outros fatores.”
Constância, não acúmulo
“O excesso de estímulo só gera sensibilidade e desgaste”, diz Denise. Para ela, o skin cycling representa um retorno ao essencial. A ideia não é abandonar os ativos potentes, mas usá-los com estratégia e consciência. A constância passa a ser mais importante que a quantidade.
Esse cuidado mais gentil também dialoga com tendências como o skinimalism, que prega rotinas enxutas e personalizadas, e reforça uma beleza mais real — menos voltada ao controle e mais atenta ao que a pele realmente precisa.