A chance de outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) repetirem o colega Luís Roberto Barroso e anteciparem a aposentadoria é menos dois.
No governo, há uma torcida para que Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes também peçam para sair, o que daria a Lula uma bancada de 8 dos 11 ministros.
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Porém, quem se aventurou a especular sobre o assunto ouviu impropérios como resposta. “Ah, vai se…” ou “nao saio enquanto a lei e a Constituição permitirem”.
Os mandatos de Fux, Cármen e Mendes vão até 2028, 2029 e 2030, respectivamente.
Cármen chegou a sinalizar no passado que poderia encerrar sua fase Suprema antes do término, mas faltando quatro anos para isso – e ela sendo a única mulher – o assunto saiu da pauta.
Barroso ficaria na Corte até 2033. Na vaga, deve ser indicado Jorge Messias, atual advogado-geral da União.
À interlocutores, o presidente Lula justificou que não poderia repetir o erro de indicar um Dias Toffoli, que votou a favor da manutenção de sua prisão.
O ministro Luiz Fux também virou exemplo do que “não deve ser feito” por votar contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Fux foi indicado por Dilma Rousseff. Assim como o presidente da Corte, Edson Fachin, que foi relator e defensor da Lava Jato, operação que colocou Lula na prisão.
Quando terminam os mandatos dos ministros do STF:
Luiz Fux — 2028
Cármen Lúcia — 2029
Gilmar Mendes — 2030
Edson Fachin — 2033
Dias Toffoli — 2042
Flávio Dino — 2043
Alexandre de Moraes — 2043
Kassio Nunes Marques — 2047
André Mendonça — 2047
Cristiano Zanin — 2050
