O diretor-presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou nesta quarta-feira (15/10) que as tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos ao setor de aviação do Brasil, hoje em 10%, devem ser zeradas até o fim do ano.
As declarações do executivo foram dadas durante entrevista coletiva, em Nova York.
Gomes Neto disse acreditar no avanço das negociações entre EUA e Brasil, especialmente após a aproximação recente entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou diminuindo a tensão comercial entre os dois países.
“Acho que as tarifas voltarão a zero. Isso dependerá de um acordo bilateral entre os dois governos, que vejo que está indo na direção certa”, afirmou o presidente da Embraer.
“O Brasil e os EUA querem fazer esse acordo, que seria bom para ambos os países. Se acontecer, acho que temos uma boa chance de que a aviação estrangeira volte a ter tarifa zero, como vimos acontecer com a Europa, o Reino Unido e o Japão”, completou Gomes Neto.
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Embraer escapou das tarifas de 50%
Em julho, a Embraer já havia comemorado a decisão do governo Trump de excluir aeronaves civis e seus componentes das tarifas adicionais de 40% sobre os produtos importados do Brasil.
A fabricante brasileira de aeronaves faz parte do grupo de companhias e setores que ficaram fora do tarifaço de 50% sobre os produtos exportados pelo país aos norte-americanos.
Com isso, desde então, os produtos e componentes da Embraer estão sujeitos apenas à tarifa de 10%, que está em vigor desde abril deste ano, na primeira etapa do tarifaço de Trump.
Entre as quase 700 exceções que estão isentas do tarifaço de Trump, estão os aviões da Embraer, peças aeronáuticas (turbinas, pneus e motores), suco de laranja, castanhas, insumos de madeira, celulose, ferro-gusa, minério de ferro, equipamentos elétricos e petróleo.