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Testa de ferro: quem é homem morto em operação contra PCC em Campinas

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Testa de ferro: quem é homem morto em operação contra PCC em Campinas

Luís Carlos dos Santos, de 57 anos, foi morto em suposto confronto com a Polícia Militar (PM) nesta quinta-feira (30/10), durante uma operação realizada pela corporação e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Campinas, no interior de São Paulo.

Luís Carlos é pai de Rafael Luís dos Santos, ambos alvos da operação. Segundo as investigações, ao lado do casal formado por Maurício Silveira Zambaldi, vulgo “Dragão”, e Vanessa Janizelo Zambaldi, eles operavam um esquema para lavar o dinheiro do PCC.

Segundo o MPSP, os quatro suspeitos teriam ocultado e dissimulado um imóvel de R$ 3 milhões em Campinas. A promotoria aponta que, nesse processo, Luís agiu como laranja de forma consciente, uma espécie de “testa de ferro”, com o intuito de distanciar o filho Rafael da transação e ocultar o verdadeiro titular dos valores.

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Para reforçar a aparência de legalidade, a transferência do imóvel foi registrada em um valor irrosório, correspondente a menos de um quarto do valor real do bem, o que os promotores definiram como um “clássico indício de fraude e simulação”.

Na prática, o imóvel estava sendo transferido de Maurício Dragão para Rafael Luís por conta de uma prestação de contas, uma dívida. Maurício está preso desde o dia 29 de agosto, suspeito de financiar um plano do PCC para matar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco.

Morto em confronto

Operação Off White

O confronto aconteceu no âmbito da Operação Off White, que cumpriu nove mandados de prisão preventiva e outros 11 de busca e apreensão nas cidades de Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu. Entre os investigados, estão integrantes do PCC, empresários, agiotas, influencers e dois dos maiores traficantes de drogas do Brasil.

A Off White é um desdobramento da operação que resultou na prisão, no fim de agosto, de dois empresários, acusados de participar de um plano para matar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas.

Seis investigados foram presos: Eduardo Magrini (vulgo “Diabo Loiro”), Sérgio Luiz de Freitas Neto (filho de um criminoso conhecido como Mijão), Renan Ferraz Castelhano, Ronaldo Alexandre Vieira, Maurício Conti e Bárbara Batista Borges.

Maurício Silveira Zambaldi, o “Dragão”, e José Ricardo Ramos já estavam presos. O paradeiro de Mijão permanece desconhecido há mais de 10 anos. A última suspeita é que ele levava uma vida de luxo na Bolívia, com outras lideranças da facção.

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