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    Thiago Ávila e outros brasileiros rumo a Gaza iniciam greve de fome

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    O ativista brasiliense Thiago Ávila, 30 anos, iniciou greve de fome a bordo da Global Sumud Flotilla, barco que seguia rumo a Gaza até ser interceptado, na última quarta-feira (1/10), enquanto buscava abrir corredor humanitário na Faixa de Gaza.

    A confirmação da greve de fome veio na tarde deste sábado (4/10), por volta das 14h30 (horário de Brasília). João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles aderiram ao mesmo protesto.

    De acordo com a Global Sumud Flotilla, a greve de fome é um protesto não violento, “historicamente utilizado por pessoas que, privadas de voz ou poder, recorrem ao próprio corpo como instrumento de resistência”.

    “Nossos ativistas presos levavam ajuda humanitária à Gaza e foram impedidos, quando sequestrados pelo governo israelense em águas internacionais, depois presos ilegalmente e colocados em uma prisão isolada no deserto. A única forma de se manifestarem é utilizando seu corpo”, alega a Flotilha.

    A greve de fome também é utilizada pelos brasileiros para denunciar o cerco que Israel faz a Gaza, impedindo a chegada de alimentos. A prática, segundo a Flotilha, está “sendo diariamente utilizada [contra palestinos] como arma de guerra”.

    Primeiro deportado

    Um dos 14 integrantes da Global Sumud Flotilla foi deportado neste sábado. Nicolas Clabrese, que tem cidadania argentina e italiana mas mora no Brasil há mais de 10 anos, foi deportado para a Turquia, com passagem paga pelo consulado da Itália em Israel.

    Nicolas Calabrese é professor de Educação Física, educador popular da Rede Emancipa no Rio de Janeiro e militante do Psol. Não há detalhes sobre a volta dele ao Brasil.

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    “Sequestrado pela segunda vez”

    A ativista Lara Souza, esposa de Thiago Ávila, usou as redes sociais na quarta-feira (1º/10) para pedir a libertação do esposo e dos demais tripulantes da Flotilha. “Pela segunda vez, Thiago foi sequestrado pelo exército israelense quando estava a bordo do Flotilla para levar ajuda humanitária a Gaza. Esse é mais um crime de guerra cometido pelo Estado de Israel”, disse Lara, em vídeo publicado no perfil de Ávila.

    A esposa informou que Israel só deve dar informações sobre os detidos nessa sexta-feira (3/10). “Eles não cometeram crime nenhum, que eles voltem para suas casas, para suas famílias. Que a gente não tenha que esperar 48h para ter que ter informações deles”