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    Tiros e chuva de pétalas: PMs mortos em operação no Rio são enterrados

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    Os dois policias militares mortos durante a megaoperação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, contra o Comando Vermelho (CV), na última terça-feira (28/10), foram velados na manhã desta quinta (30).

    Identificados como Cleiton Serafim Gonçalves, de 40 anos e Heber Carvalho da Fonseca, de 39, eles eram sargentos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

    O velório dos policiais foi iniciado às 7h, na sede do Bope. A cerimônia foi encerrada com uma chuva de pétalas vermelhas e brancas.

    Ao compartilhar o vídeo da homenagem, o Secretário de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Coronel Marcelo de Menezes, escreveu: “Os verdadeiros e únicas vítimas desta operação”.

    Presente no enterro, Menezes declarou, em coletiva de imprensa, que a PMERJ não recuará. Ele destacou que novas operações ocorrerão e que “a resposta será dada a altura desses heróis — referindo-se aos policiais feridos e mortos nos confrontos.

    “Os policiais foram covardemente atacados por narcoterroristas. Nós fizemos um planejamento meticuloso e criterioso para proteger a população daquela região, estabelecemos uma estratégia denonimada ‘muro do bope’, inovadora, visando proteger a população e foi exitosa, à medida que a opção pelo enfrentamento foi desse marginais, que estavam fortamente armados”, disse.

    Ele ainda avaliou que a megaoperação contenção é um marco para a segurança pública do RJ.

    Sepultamentos

    Após o velório, os corpos seguiram para cemitérios distintos, onde foram enterrados.

    O sepultamento do sargento Heber Carvalho da Fonseca ocorreu às 13h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.

    Já o sargento Cleiton Serafim Gonçalves será enterrado às 16h30, no Cemitério Municipal de Mendes, no interior do estado.

    3 imagensO policial militar foi morto na megaoperação contra o CVA megaoperação deixou outros três policiais mortosFechar modal.1 de 3

    Heber foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade

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    O policial militar foi morto na megaoperação contra o CV

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    A megaoperação deixou outros três policiais mortos

    Tercio Teixeira / Metrópoles

    Tiros e pétalas

    A coluna esteve no enterro de Heber Carvalho. Familiares, amigos e colegas da corporação estiveram presentes na cerimônia fúnebre.

    Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e integrantes da Marinha também prestaram as últimas homenagens ao militar.

    A cerimônia foi marcada por emoção extrema. De crianças a idosos, todos demonstravam extrema indignação.

    “A profissão policial militar figura entre as mais nobres que existem, porque o PM promete servir e proteger, se preciso for, com o sacrifício de sua vida. O Sargento Heber está voltando para casa”, disse um militar em sua homenagem.

    Cleiton deixa esposa e filhos e Heber esposa e uma filha.

    Estado dos policiais baleados

    Menezes também detalhou o estado de saúde dos policiais baleados. Segundo ele, o delegado assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal Anne Dias está internado em estado grave. A coluna apurou que Dias teve de passar por um procedimento cirúrgico para amputar uma das pernas.

    Os outros quatro policiais civis estão internados, estabilizados, aguardando alta, conforme disse o secretário e, sobre os militares, ele informou que dois estão em estado grave e sete internados, mas devem ter alta nos próximos dias.