O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu nesta quarta-feira (22/10) às críticas de pecuaristas americanos e afirmou que a boa condição econômica do setor se deve às tarifas impostas por sua administração sobre o gado importado, incluindo uma taxa de 50% sobre o Brasil.
“Os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo tão bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil. Se não fosse por mim, eles estariam fazendo exatamente o que têm feito nos últimos 20 anos — horrível!”, escreveu o republicano nas redes sociais.
Trump acrescentou que os produtores também devem reduzir os preços, lembrando que o consumidor americano é um fator importante na equação econômica do setor.
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Trump x pecuaristas
As críticas aos comentários de Trump começaram no início desta semana, após ele sugerir a possibilidade de importar mais carne da Argentina para reduzir os preços da carne bovina nos EUA, que atingiram níveis recordes.
Os pecuaristas interpretaram a medida como uma ameaça, já que atualmente lucram com o alto preço do gado e a forte demanda do mercado interno.
Em janeiro, os estoques de gado nos EUA, em janeiro, caíram para o nível mais baixo em quase 75 anos, devido à seca prolongada que afetou pastagens e aumentou os custos de alimentação.
O fornecimento de gado ficou ainda mais restrito após os EUA suspenderem a maior parte das importações de gado mexicano desde maio, por preocupações com a disseminação da praga conhecida como bicheira-do-Novo-Mundo.
Encontro de Lula e Trump
Além disso, está prevista para este domingo (26/10), em Kuala Lumpur, na Malásia, uma reunião bilateral entre os presidentes Lula e Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da ASEAN. O encontro será a oportunidade para discutir relações bilaterais e temas comerciais, incluindo a política de tarifas sobre produtos agropecuários.
A negociação entre os dois presidentes já começou com conversas telefônicas em 6 de outubro e um encontro rápido na ONU, no fim de setembro.
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