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Ucrânia acusa China de fornecer dados de satélite à Rússia

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Ucrânia acusa China de fornecer dados de satélite à Rússia

O governo da Ucrânia acusa a China de ter fornecido à Rússia dados de satélite usados em ataques com mísseis contra a Ucrânia, segundo o Serviço de Inteligência Estrangeira (SZRU). A denúncia foi feita neste sábado (4/10) por Oleh Alexandrov, membro do órgão.

Segundo o oficial, há evidências de “cooperação de alto nível entre a Rússia e a China na realização de reconhecimento por satélite do território da Ucrânia”. O objetivo, segundo ele, seria identificar alvos estratégicos para ataques russos.

“Como vimos nos últimos meses, esses alvos podem incluir instalações pertencentes a investidores estrangeiros”, acrescentou Alexandrov, sem divulgar detalhes sobre quais locais teriam sido atingidos com base nas informações repassadas por Pequim.

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Embora a China mantenha posição oficial de neutralidade na guerra, o país tem sido acusado por nações ocidentais de apoiar indiretamente o esforço militar de Moscou por meio do fornecimento de bens de uso duplo e da intensificação do comércio bilateral.

Durante a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Pequim em setembro, ele e o líder chinês, Xi Jinping, assinaram mais de 20 acordos de cooperação em setores como energia, tecnologia e infraestrutura.

Na ocasião, Putin elogiou a parceria e afirmou que as relações entre os dois países atingiram um “nível sem precedentes”.

No fim de agosto, quando o líder do Kremlin desembarcou na China e encerrou sua maratona diplomática com Xi Jinping, o gesto foi visto como demonstração de força simbólica de uma frente alternativa à influência dos Estados Unidos e da Europa — os principais apoiadores da Ucrânia e mediadores de um cessar-fogo duradouro.

A visita começou em Tianjin, durante uma cúpula regional extraordinária que reuniu líderes de uma dúzia de países do Sul Global.

À época, o Kremlin destacou que não pretende pautar seus movimentos pela ótica do Ocidente. Segundo o porta-voz Dmitry Peskov, Moscou deve abandonar a “abordagem pejorativa” de medir cada gesto pela reação externa.

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Putin ao lado de Xi e Kim

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