Durante a coletiva de imprensa em que anunciou a criação de um escritório emergencial para combater o crime organizado no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (29/10), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a diferença entre o terrorismo e as facções criminosas.
A explicação ocorreu após ele ser questionado sobre o termo “narcoterrorismo”. Em sua resposta, Lewandowski afirmou que o terrorismo envolve ideologia, atuação política e repercussão social.
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“Uma coisa é terrorismo; outra são as facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma nota ideológica, é sempre uma atuação política, uma repercussão social e fatores ideológicos. Agora, as facções criminosas são constituídas por grupos de pessoas que sistematicamente praticam crimes previstos no Código Penal. Portanto, é muito fácil identificar o que é uma facção criminosa”, disse.
Lewandowski destacou que as facções podem ser avaliadas de forma objetiva, enquanto o terrorismo envolve uma análise mais subjetiva.
“Nós temos leis que estabelecem o que é uma organização criminosa, mas temos também uma legislação que define com clareza o que é terrorismo e como devem e podem ser classificados os grupos terroristas.”
Força-tarefa
Ao lado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), Lewandowski anunciou, durante a coletiva, que será implementado um escritório emergencial para o combate ao crime organizado no estado.
“Independentemente de erros ou acertos, saímos daqui hoje com uma grande oportunidade”, declarou o governador Cláudio Castro.
O ministro da Justiça detalhou que o escritório funcionará como um fórum de diálogo, no qual as decisões serão tomadas com rapidez.
Ficou definido que o governo do Rio também contará com o reforço da Força Nacional e do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de receber o apoio de profissionais de outros estados que possam contribuir para as investigações após a operação.
