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União prepara troco para se vingar de ministro que desafiou Rueda

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União prepara troco para se vingar de ministro que desafiou Rueda

A decisão do ministro do Turismo, Celso Sabino, de peitar o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e se manter no cargo pode custar-lhe a reeleição.

A executiva nacional do partido se reúne nesta quarta-feira (8/10) e irá deliberar pela expulsão de Sabino da legenda. Mas o plano de vingança é segurar a conclusão do processo o máximo possível, a ponto de inviabilizá-lo eleitoralmente.

Enquanto não for oficialmente expulso, Sabino está impedido de mudar de partido — sob risco de perder o mandato de deputado federal.

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A Lei dos Partidos Políticos é clara: “Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito” (art. 22-A da Lei nº 9.096/95).

A legislação prevê uma única brecha: a mudança de partido só pode ocorrer nos trinta dias que antecedem o prazo de filiação exigido em lei para disputar a próxima eleição, ao término do mandato vigente. Calendário apertado demais.

Preso à legenda, Sabino será asfixiado politicamente. O diretório do União no Pará será dissolvido, o que o afasta da presidência do partido no estado; ele ficará sem acesso a recursos dos fundos eleitoral e partidário e não receberá um centavo das emendas parlamentares extras que o governo Lula entregou aos líderes em troca de votos no Congresso.

Porque o União quer expulsar Celso Sabino

A ordem para o ministro deixar o governo foi dada por Rueda há meses, como uma demonstração de que a sigla não apoiará a reeleição de Lula.

A determinação, contudo, vinha sendo levada em banho-maria até que Rueda passou a ser alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura a máfia dos combustíveis, como revelou a coluna.

A reação foi imediata: o chefão do União Brasil entendeu a operação da PF como retaliação do governo e ordenou o desembarque imediato de Sabino.

A queda de braço entre União Brasil e governo Lula tem relevância política porque o União se uniu ao PP e hoje as duas siglas têm o controle da direita no país, R$ 1 bilhão de fundo eleitoral para distribuir aos seus candidatos em 2026 e o maior tempo de TV a oferecer para seu candidato ao Planalto.

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