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UPA se pronuncia após mulher exigir consulta a bebê reborn “gripada”

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UPA se pronuncia após mulher exigir consulta a bebê reborn “gripada”

O que deveria ser uma tarde comum de atendimentos na UPA do bairro Ipase, em Várzea Grande (MT), virou motivo de perplexidade entre profissionais da saúde no domingo (26/10). A acompanhante de uma paciente insistiu que uma boneca hiper-realista, do tipo “bebê reborn”, fosse atendida por uma pediatra, alegando que o brinquedo, tratado por ela como um recém-nascido, estaria com sintomas gripais.

A equipe médica chegou a verificar o objeto, mas informou que não seria possível realizar qualquer procedimento, já que se tratava de um boneco. Após ser orientada, a mulher deixou a unidade visivelmente contrariada.

A Coordenação da UPA Ipase divulgou nota após o episódio: “Os atendimentos devem ser destinados a pacientes que realmente necessitam de cuidados médicos, evitando prejuízos à assistência prestada à população.”

Projeto volta à pauta

O episódio, por si só incomum, ganhou repercussão porque ocorre em meio a um debate político ativo na capital vizinha, Cuiabá. Na última semana, a Câmara Municipal de Cuiabá anulou a votação de um projeto de lei que buscava proibir o atendimento de bonecas reborn na rede pública. A proposta, apresentada pelo vereador Rafael Ranalli (PL), previa multa de até R$ 10 mil para unidades reincidentes.

Durante a sessão, que acabou anulada por falta de quórum, houve até risos no plenário, provocando constrangimento e reações de vereadores que defendem o texto.

Ranalli argumenta que o objetivo é coibir uso indevido de recursos públicos, evitando que serviços médicos sejam direcionados a objetos, ainda que utilizados como ferramenta terapêutica por algumas pessoas.

O projeto será colocado novamente em votação na próxima quinta-feira (30).

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