Mudar de cidade, ou até de país, é um processo cheio de planejamento. E quando o pet faz parte da família, a lista de cuidados cresce. Afinal, além de documentos e vacinas, é preciso garantir o bem-estar do animal antes, durante e depois da viagem.
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A veterinária Larissa Oliveira explica quais passos são essenciais para que a mudança aconteça de forma tranquila e segura, tanto para tutores quanto para os bichos.
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Se prepare com antecedência
Antes de embarcar, o primeiro passo é procurar um médico-veterinário. “Buscar um veterinário de confiança para personalizar os procedimentos de viagem, seja nacional ou internacional, além da avaliação física do pet”, orienta.
Ela reforça que o tutor deve ficar atento a alguns detalhes que muitas vezes passam despercebidos.
“Ficar atento à saúde do paciente que irá viajar, principalmente ao peso (pensando em viagens internacionais), ter atenção com os prazos das documentações, atestado de saúde, exames e vacinas necessárias para a viagem em questão”, alerta.
O ideal é que o planejamento seja feito com antecedência, especialmente em viagens para fora do país. Isso porque cada destino tem regras específicas para a entrada de animais.
Larissa informa que é importante ter atenção ao país de destino para estar ciente do protocolo a ser seguido e seus prazos. “É aconselhado buscar suporte veterinário cerca de 6 a 8 meses antes da viagem, inclusive, saber qual será a companhia aérea e como funciona a entrada do pet no país destino”, explica.
Na última semana, por exemplo, o Brasil e a Costa Rica fizeram um acordo para simplificar esse processo. Os países definiram um Certificado Veterinário Internacional (CVI) para deslocamentos de cães e gatos do território brasileiro ao costarriquenho.
Em um documento único, o certificado define as condições acordadas entre as autoridades sanitárias dos dois países, o que reduz trabalho, divergências de interpretação e custos operacionais para tutores e empresas de transporte.
Itens obrigatórios
A documentação é um dos pontos que mais gera dúvidas entre os tutores. Segundo a especialista, para viagens nacionais é preciso manter a carteirinha de vacinação atualizada, com a vacina antirrábica em dia, e apresentar um atestado de saúde emitido até 10 dias antes do embarque.
Ela também chama a atenção para a forma de transporte do animal. “Existem companhias aéreas que podem solicitar documentações específicas”, afirma Larissa.
No caso de viagens internacionais, as exigências são maiores. É necessário, assim como nas nacionais, carteirinha de vacina atualizada e de forma obrigatória, a antirrábica, microchipagem e sorologia da raiva.
Esses são procedimentos obrigatórios para a maioria dos países, além da administração de antiparasitários.
O tutor também deve confirmar as regras com a companhia aérea e com o país de destino, pois os protocolos variam de acordo com a região.
Sedativos exigem cuidado
Nem sempre o uso de calmantes é a melhor solução para o estresse da viagem. A especialista salienta que essas medicações só devem ser utilizadas sob orientação profissional.
“O uso de sedativos e calmantes deve ser completamente recomendado ou não por um médico-veterinário, de acordo com a avaliação física e clínica do pet. Existem medicações e situações que podem causar depressão respiratória”, esclarece.
Ela lembra que, por conta da altitude, a oxigenação já diminui durante os voos. “Pode causar uma parada respiratória no animal.” Ao invés do uso de sedativos, a adaptação antecipada costuma ser mais eficaz.
Como aliviar o estresse e garantir adaptação
A preparação emocional também conta. Para ajudar o pet a se acostumar com o novo ambiente, o tutor pode começar a adaptação bem antes da viagem. “Deve-se iniciar o processo de adaptação com a caixa ou bolsa de transporte de forma antecipada e com o menor estresse possível”, diz.
Isso pode ser feito com o auxílio de petiscos, brinquedos e até mesmo com roupas do tutor, já que é um cheiro familiar para o pet.
Para além dessas orientações, Larissa indica que os tutores observem o comportamento dos animais durante e após a mudança.
“O pet pode ficar acoado, ter problemas urinários (principalmente gatos), perda de apetite, lambedura em excesso, principalmente das patas, agitação ou tristeza, entre diversos outros fatores”, afirma.
E quando se trata de adaptação, os pets têm ritmos diferentes. Os cães costumam ser mais dependentes, então são mais fáceis de se adaptarem a um novo lugar. Já os gatos, por serem mais territoriais, possuem mais dificuldades.
Com paciência e preparo, a mudança pode ser tranquila, e muito positiva, para todos os membros da família, inclusive os de quatro patas.
