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Vingança e assédio: entenda o caso do refrigerante envenenado

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Vingança e assédio: entenda o caso do refrigerante envenenado

O que começou como uma simples confraternização entre colegas do pronto-atendimento de Santa Cecília, no Meio-Oeste catarinense, terminou em grave caso de intoxicação coletiva que pode ter sido motivado por vingança pessoal. A Polícia Civil apura se a bebida consumida pelas vítimas foi intencionalmente adulterada por uma mulher ligada a um ex-servidor investigado por importunação sexual.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 11 funcionários da unidade beberam um refrigerante levado por uma mulher durante um café da tarde realizado na última terça-feira (21/10). Cerca de uma hora e meia depois, os servidores começaram a sentir tontura, fraqueza, sonolência, náusea e lapsos de memória.

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Entre as vítimas estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas e pessoal da limpeza. Um dos intoxicados é vereador de Santa Cecília – ele foi transferido para outro município devido à gravidade do quadro.

De acordo com o médico José Antebi, responsável pelo atendimento das vítimas, alguns pacientes chegaram a receber alta, mas seis deles voltaram a apresentar sintomas e precisaram ser internados novamente com sinais de intoxicação persistente.

Suspeitos e prisões

A Polícia Civil confirmou a prisão de dois suspeitos: uma mulher, tia de um ex-servidor da Secretaria de Saúde, e o próprio sobrinho, que está afastado do trabalho desde o início de outubro após denúncias de assédio e importunação sexual feitas por funcionárias da unidade.

A principal linha de investigação é de que o envenenamento tenha sido retaliação ao afastamento do homem. Câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher entrou nas dependências do pronto-atendimento com uma garrafa de refrigerante de dois litros, pouco antes do café da tarde.

Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou uma arma de fogo na casa da suspeita, que foi autuada também por posse irregular de arma.

Após o incidente, a Vigilância Sanitária interditou a cozinha dos servidores, que fica separada da área de atendimento ao público, para evitar novos riscos. A prefeitura mantém acompanhamento médico e psicológico dos profissionais afetados.

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