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Youtuber é condenado a pagar R$ 50 mil a vítimas de pegadinhas

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Youtuber é condenado a pagar R$ 50 mil a vítimas de pegadinhas

O youtuber Rafael Francisco Cavalcanti da Silva, conhecido como Rafael Chocolate, foi condenado pela Justiça de Pernambuco a pagar quase R$ 50 mil em indenizações por danos morais a duas vítimas de vídeos de “pegadinhas” gravados no centro de Recife (PE).

Rafael, que possui 5,38 milhões de inscritos no YouTube, é conhecido por produzir esse tipo de conteúdo há pelo menos oito anos. Os dois processos envolvem gravações nas quais o influenciador surpreende pedestres com situações constrangedoras. Ambas vítimas pediram entre R$ 300 mil a R$ 350 mil.

No primeiro caso, Rafael aparece cobrindo pessoas com um balde durante uma gravação na Avenida Conde da Boa Vista, em 2019.

Um dos alvos, então com 25 anos, alegou ter desenvolvido ansiedade, síndrome do pânico e esquizofrenia após a repercussão do vídeo, mesmo com o rosto borrado. Ele disse ter sido reconhecido por colegas e passou a sofrer constrangimentos.

Rafael Chocolate (de boné vermelho) foi condenado a indenizar a vítima em R$ 30 mil

Em setembro deste ano, a 7ª Vara Cível da Capital condenou Rafael Chocolate a pagar R$ 30 mil ao homem por danos morais. A decisão já transitou em julgado, não cabendo mais recurso. A Justiça também havia determinado a remoção do vídeo, sob pena de multa diária.

A advogada do influenciador, Larissa Moura, afirmou ao Metrópoles que o trecho com a imagem da vítima foi retirado do ar em 2021, quando Rafael tomou conhecimento da ação. A reportagem não conseguiu contato com a defesa da vítima, e o espaço segue aberto para manifestação.

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Segundo processo

O segundo processo foi movido pelo comerciante senegalês Modou Lo, que denunciou o influenciador em 2022. Ele aparece em uma pegadinha gravada enquanto trabalhava no Centro de Recife.

Segundo a denúncia, o vídeo, que soma quase 8 milhões de visualizações, causou humilhação e prejuízos ao comerciante, que chegou a fechar o ponto de trabalho por vergonha.

A defesa de Rafael alegou que o trecho do vídeo foi retirado do ar e que o influenciador sempre solicita autorização prévia dos participantes, embora alguns tenham se arrependido depois.

A Justiça, no entanto, entendeu que o “borrão” aplicado no rosto das vítimas não impediu a identificação delas e determinou o pagamento de R$ 20 mil de indenização. O caso, porém, ainda está em tramitação, já que a defesa recorreu da decisão.

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