Presa na Itália, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) escreveu uma carta ao ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, na qual o acusa de estar ao lado de quem apoia “Hamas, tráfico de drogas, terrorismo e Irã”. Ela alegou ainda que a decisão de sua prisão foi resultado de pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A carta foi divulgada nesta quinta-feira (9/10) pelo advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, nas redes sociais.
“O senhor está ao lado que apoia Hamas, tráfico de drogas, terrorismo, irã, regimes narcoditadores como na Venezuela, ditadura de Cuba, entre outros pela América do Sul e África. De mãos dadam com o presidente que disse não à extradição de de Cesare Battisti, mesmo ele não sendo cidadão brasileiro”, afirmou Zambelli.
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Ela citou ainda o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que Nordio “acolheu a decisão injusta e sem provas de um juiz brasileiro, que foi recentemente sancionado pelo presidente Trump”.
“O Senado brasileiro está prestes a iniciar o processo de impeachment contra esse juiz da Suprema Corte”, afirmou Zambelli.
Prisão
A deputada federal está presa na Itália desde 29 de julho, após decisão STF. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por tramar a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023.
Para isso, ela contratou o hacker Walter Delgatti, responsável por invadir o sistema do Conselho e elaborar um falso mandado de prisão contra Moraes, assinado por ele mesmo. Segundo Delgatti, o objetivo era provar falhas de segurança no sistema eleitoral brasileiro.
Ao ser condenada, a congressista fugiu para a Itália, onde tem cidadania.