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    Zelensky condena novos ataques russos: “O mundo precisa responder”

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    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou os novos ataques russos contra instalações energéticas em diferentes regiões do país nesta quinta-feira (30/10). Em pronunciamento, ele classificou as ofensivas como “puro terrorismo” e afirmou que “pessoas normais não agem assim”, pedindo uma resposta “apropriada” da comunidade internacional.

    Os bombardeios mais intensos atingiram a usina termelétrica de Sloviansk, na região de Donetsk, matando duas pessoas e ferindo outras, segundo as autoridades ucranianas. “Infelizmente, duas pessoas morreram. Meus pêsames. Há feridos. E isso é puro terrorismo”, afirmou Zelensky em vídeo publicado nas redes sociais.

    “Pessoas normais não travam guerras assim, e o mundo precisa responder adequadamente a esse tipo de guerra promovida pela Rússia”, disse o presidente ucraniano.

    Segundo o presidente, o ataque foi “complexo e calculado” para dificultar a interceptação. “Foram utilizados mísseis balísticos e aerobalísticos. No total, mais de 600 drones de ataque foram lançados, dos quais cerca de 400 foram abatidos. Dois terços dos mísseis também foram neutralizados. Nossa defesa aérea está salvando uma parte significativa da infraestrutura”, afirmou.

    O governo ucraniano confirmou restrições de eletricidade em todo o território nacional após os bombardeios. “Onde os russos destruíram, os ucranianos estão reconstruindo”, declarou Zelensky.

    A few hours ago there was a strike on the Slovyansk Thermal Power Plant – a strike with Russian bombs. Sadly, two people were killed. My condolences. There are also wounded. This is outright terror. Normal people don’t wage war like this, and the world must respond appropriately… pic.twitter.com/IB1ChbCS7p

    — Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 30, 2025

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    Campanha contra o sistema energético ucraniano

    Os ataques, realizados na madrugada de quinta-feira, atingiram instalações energéticas nas regiões central, ocidental e sudeste da Ucrânia. A primeira-ministra Yulia Svyrydenko acusou Moscou de mirar a população civil e o fornecimento de energia às vésperas do inverno no hemisfério norte.

    “O objetivo deles é mergulhar a Ucrânia na escuridão. O nosso é preservar a luz”, escreveu a premiê no Telegram. 

    Segundo a Força Aérea Ucraniana, as defesas interceptaram 592 dos 653 drones do tipo Shahed e 31 dos 52 mísseis disparados pela Rússia durante a noite. Foram registrados 79 ataques em 20 locais diferentes.

    4 imagensO presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fala com a imprensa antes da cúpula da União Europeia, na Bélgicapresidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyVolodymyr Zelensky é presidente da UcrâniaFechar modal.1 de 4

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    O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fala com a imprensa antes da cúpula da União Europeia, na Bélgica

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    presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

    Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Imagens4 de 4

    Volodymyr Zelensky é presidente da Ucrânia

    Avanço russo e apelo por reforços

    Paralelamente aos ataques aéreos, a Rússia afirmou ter capturado duas novas localidades no nordeste e no sul da Ucrânia — Sadové, na região de Kharkiv, e Krasnoguirské, em Zaporíjia.

    Diante das perdas territoriais e dos danos à infraestrutura, o presidente voltou a pedir apoio militar e financeiro dos aliados ocidentais. “Contamos com os Estados Unidos, a Europa e os países do G7 para não ignorarem a intenção de Moscou de destruir tudo”, afirmou.

    Zelensky ainda defendeu o fortalecimento das sanções contra Moscou, afirmando que o impacto econômico já é perceptível. “As exportações de petróleo são a base da arrogância russa. Se as sanções forem mantidas e reforçadas, a Rússia pode perder até 50 bilhões de dólares no próximo ano. Esse é um argumento forte para pôr fim à guerra”, disse.