O passo é curto, o ritmo é suave, mas cada movimento conta. Para quem vive com artrite reumatoide, uma doença autoimune e crônica que inflama e desgasta as articulações, parar pode ser exatamente o que mais faz mal. É nesse cenário que a caminhada leve ganha importância: simples, acessível e aliada no combate à dor e na preservação da autonomia.
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A inflamação contínua típica da doença pode prejudicar mãos, punhos, joelhos e pés, causar deformidades e limitar tarefas básicas do dia a dia. Além disso, aumenta o risco de complicações cardiovasculares e perda de massa muscular.
“A prática regular de atividade física melhora a dor, a capacidade funcional e o bem-estar geral, quando integrada ao tratamento medicamentoso e acompanhada por uma equipe multiprofissional”, explica Thiago Arruda, professor da graduação em Educação Física do Centro Universitário IBMR (RJ).

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A seguir, os três pontos que fazem da caminhada leve uma grande aliada:
1. O movimento como tratamento
Arruda reforça que hoje há consenso científico: exercício bem orientado é seguro e extremamente benéfico para quem tem artrite reumatoide. Caminhar ajuda a melhorar a lubrificação das articulações, aliviar a dor, aumentar a força muscular e ampliar a mobilidade. O movimento também reduz a fadiga e contribui para manter a autonomia — algo essencial em uma condição que pode evoluir com limitações importantes.
2. Exercício certo para cada pessoa
A caminhada leve aparece entre as modalidades mais indicadas, ao lado da bicicleta ergométrica, da hidroginástica e da natação. Mas a dose ideal varia. “A prescrição deve ser individualizada”, afirma o professor.
No geral, segundo o especialista, recomenda-se de 30 a 60 minutos de atividade, três a cinco vezes por semana, começando devagar e aumentando progressivamente. Complementar com fortalecimento muscular duas ou três vezes na semana ajuda a proteger as articulações e reduz o risco de lesões.

3. Devagar, sempre — mesmo na crise
Durante uma crise inflamatória, repousar a articulação afetada é importante, mas nada de repouso total. A recomendação do professor é adaptar o exercício: movimentos suaves, de baixa intensidade, priorizando a manutenção da mobilidade sem agravar a dor. “Caminhadas leves, exercícios de amplitude de movimento e hidroginástica em água morna são boas escolhas nesses momentos.”
A regra de ouro: se doer, pare. E se a dor durar mais de 24 horas, reduza a intensidade no próximo treino.



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Passo a passo, a caminhada leve ajuda a enfrentar a rigidez, manter o corpo ativo e recuperar um pouco da leveza perdida com a dor crônica — provando que, para quem convive com artrite reumatoide, caminhar não é só exercício: é parte do tratamento.





