O deputado Gilberto Giménez, do Movimento Eleitoral Popular (MEP), acusou Israel de manter um “papel fundamental” na ofensiva dos Estados Unidos contra a Venezuela. A declaração do parlamentar, aliado do presidente Nicolás Maduro, aconteceu nesta terça-feira (25/11).
Sem apresentar provas, Giménez alegou que o governo de Benjamin Netanyahu estaria utilizando o Instituto de Inteligência e Operações Especiais — também conhecido como Mossad — para desestabilizar a Venezuela.
“O Mossad está desempenhando um papel fundamental nesta agressão contra o país”, disse o deputado à rede estatal VTV.
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A fala do aliado de Maduro surgiu um dia após o chanceler de Israel, Gideon Saar, acusar a Venezuela de funcionar como um “elo” entre criminosos na América Latina e grupos terroristas do Oriente Médio.
“Na América do Sul, criminosos estão formando alianças de narcoterrorismo com o Oriente Médio”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel durante visita ao Paraguai, realizada na segunda-feira (24/11).
No mesmo dia, os EUA classificaram o cartel de Los Soles como organização terrorista internacional, assim como já havia feito com outros grupos. A reclassificação abre brechas para Washington realizar operações militares em outros países, sob a justificativa do combate ao terrorismo.
Por isso, a decisão representa uma ofensiva direta contra Nicolás Maduro, já que o presidente da Venezuela — o mesmo que os EUA oferecem US$ 50 milhões por sua captura — é acusado de chefiar o cartel venezuelano de Los Soles.
