A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adiou nesta terça-feira (4/11) a decisão sobre o futuro da concessão da Enel Distribuição São Paulo, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital e região metropolitana de São Paulo, após uma série de apagões deixar milhares de moradores sem luz na cidade.
O diretor Gentil Nogueira pediu mais tempo para analisar o processo aberto em outubro de 2024, que pode levar à caducidade do contrato com a Prefeitura de São Paulo, a ser vencido em 2028. O Ministério de Minas e Energia é a instância a dar a palavra final, após a Aneel fazer suas recomendações sobre o caso. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já afirmou ser contra a renovação do contrato, além de que queria “se livrar dessa empresa aqui na nossa cidade“.
O processo foi uma resposta às falhas de fornecimento de energia registradas na Grande São Paulo, que geraram revolta entre moradores e cobranças de autoridades. Cerca de 950 mil imóveis ficaram sem luz na capital, quase um quinto das unidades consumidoras.



Rua Irineu Marinho, 156, Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo
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Fios e árvore na Rua Dr. Paulo Aires Neto, no Jardim Marajoara, na zona sul de SP
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Apagão causado pelas fortes chuvas na Rua Teodoro Sampaio
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Imagens de satélite mostram antes e depois de apagão em São Paulo
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Protesto na Estrada do Campo Limpo, zona sul de SP
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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo-apagão na Rua 9 de Julho, zona sul de SP
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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo
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Na reunião pública desta terça, a relatora Agnes Costa votou para manter a fiscalização sobre a empresa e sugeriu que o acompanhamento regulatório siga até março do ano que vem. No entanto, com o pedido de vista de Nogueira, a decisão final ficou suspensa.
Em nota, a Enel São Paulo afirmou ter cumprido todas as exigências da Aneel e apresentado resultados positivos desde o início do acompanhamento. A empresa destacou que reduziu em 50% o tempo médio de atendimento a ocorrências emergenciais e diminuiu em 90% as interrupções de longa duração, aquelas que passam de 24 horas.
Mesmo com os avanços apontados, a Aneel continuará acompanhando de perto o desempenho da concessionária. A decisão final sobre o processo deve sair até o início de 2026, após o voto do diretor Gentil Nogueira.





