Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado a 16 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. O parlamentar cumpria medida cautelar com uso de tornozeleira eletrônica e estava proibido de deixar o país por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
“Diante da fuga do delegado Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão no processo da trama golpista, acabo de protocolar duas medidas fundamentais para impedir a sua impunidade. A primeira: uma petição ao STF relatando a fuga para os EUA, o uso de passaporte irregular, a violação das cautelares e o risco concreto à aplicação da lei penal, com pedido de prisão preventiva, inclusão no sistema de difusão do alerta vermelho da Interpol e, após o trânsito em julgado, a extradição para cumprir pena no Brasil”, disse Farias, em suas redes sociais.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Alexandre Ramagem foi visto nos EUA mesmo estando proibido de deixar o Brasil
Agência Câmara
2 de 3
Ministro Alexandre de Moraes determinou uso de tornozeleira eletrônica por Ramagem
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
3 de 3
Lindbergh Farias pede prisão de Alexandre Ramagem
Reprodução / Metrópoles
“A segunda medida foi dirigida à Mesa da Câmara: pedi esclarecimentos sobre os atos administrativos envolvendo a suposta concessão de licença ‘médica’ e/ou autorização de saída do país, a aparente ausência de publicação no Diário Oficial, informações sobre eventual certificação de presença e possível utilização de celular no exterior para fins de marcar presença e realizar votação irregular à distância, com o objetivo de apurar o que aconteceu”, afirmou o líder do PT.
Farias também comparou a fuga de Ramagem à de Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mora nos EUA desde fevereiro e responde a inquérito por coação no curso do processo.
Leia também
-
Ramagem é visto nos EUA, não justifica como votou no PL Antifacção e PSol pede prisão do deputado
-
MJ compra sistema para monitorar traficantes de CV e PCC nas redes
-
Lula define data para assinar projeto da isenção do Imposto de Renda
-
PGR arquiva denúncia contra Lula por racismo na véspera da Consciência Negra
“O que está em jogo é a autoridade das instituições. Um parlamentar condenado por crimes graves contra a democracia não pode fugir para Miami como se nada tivesse acontecido. A lei vale para todos e irá imperar contra o deputado fugitivo que seguiu o exemplo de Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro, entre outros”, disse.
