Um aulão sobre ferramentas de inteligência artificial promovido pelo governo de Minas Gerais, sob a administração de Romeu Zema (Novo), na manhã desta quarta-feira (19/11), no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, terminou em briga generalizada entre alunos. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram diversos grupos de estudantes se agredindo nas arquibancadas enquanto o público entoava gritos de “briga, briga”.
Confira o moment0:
Rivalidade
Garrafas e copos foram arremessados, e a confusão forçou a paralisação do evento, que reunia cerca de 30 mil participantes.
De acordo com relatos de alunos presentes, a confusão começou após os mestres de cerimônia citarem o clássico mineiro, os rivais Atlético e Cruzeiro, perguntando “Quem é Galo? Quem é Cruzeiro?”.
A provocação teria iniciado pequenos confrontos, que, rapidamente, evoluíram para pancadaria. Internautas relataram falta de segurança suficiente para conter o tumulto, e afirmaram que estudantes deixaram o estádio em pânico e machucados, atendidos pelo Samu.
O aulão reuniu estudantes de 11 cidades da Região Metropolitana da capital, e previa aulas ministradas por profissionais do Google sobre o uso de inteligência artificial em tarefas educacionais.



Romeu Zema diz que Eduardo Bolsonaro foi “infeliz” em declarações sobre Nikolas Ferreira
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
Romeu Zema, de Minas Gerais, é citado como possível candidato à Presidência em 2026
Agência Brasil
Reprodução/Redes Sociais
“Compromisso com a educação”
O evento, organizado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), em parceria com o Google Gemini, tinha como objetivo bater o recorde mundial de maior aula de inteligência artificial.
Antes do início da briga, o governador Zema chegou a celebrar a iniciativa no palco, afirmando que o encontro “reforça o compromisso com o ensino digital” e que seria “um marco para a educação mineira”. Tanto ele quanto o vice-governador de Minas, Mateus Simões (PSD), deixaram o local antes da confusão.
A SEE-MG informou que repudia qualquer ato de violência e que instaurará processo interno para apurar responsabilidades. A pasta informou que bombeiros civis e seguranças contratados controlaram a situação rapidamente e que a Polícia Militar foi acionada. O evento acabou retomado por volta das 11h30.
Ainda segundo a secretaria, todos os alunos envolvidos receberam atendimento individualizado, e serão acompanhados pelo Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogos e assistentes sociais.
A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que o Samu orientou atendimentos por telefone, seguindo o protocolo de regulação médica.
A secretaria de Educação reforçou que a “maior parte dos participantes permaneceu nos seus lugares com comportamento responsável”, e classificou o episódio como isolado.


