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    AVC: cardiologistas explicam como a dieta atua na prevenção do derrame

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    O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil e muitas pessoas passam pelo derrame de forma repentina. Entretanto, cardiologistas destacam que vários hábitos do dia a dia podem reduzir ou aumentar as probabilidades de aparecimento deste episódio extremo e um dos principais envolvidos nesta equação é a dieta.

    A alimentação tem impacto direto na prevenção não só do AVC, mas também de outros quadros graves cardiovasculares, como o infarto. Se por um lado o colesterol alto e a obesidade aumentam o risco de elevar a pressão sobre vasos e aumentar o risco de AVC, por outro, a dieta balanceada e saudável pode manter o risco afastado.

    Para a cardiologista Fernanda Weiler, de Brasília, a alimentação é o ponto de partida para reduzir tais riscos. “Escolhas alimentares conscientes, ricas em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, associadas à redução de alimentos ultraprocessados, açúcar e excesso de sal, são fundamentais para reduzir o risco de doenças cardiovasculares”.

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    Dieta saudável para afastar o AVC

    Entre as medidas citadas pela especialista estão ajustes simples do dia a dia. Reduzir bebidas açucaradas, aumentar fibras, planejar refeições, evitar longos períodos sem comer e manter prática regular de exercícios ajudam no controle do peso e dos marcadores de risco.

    A médica destaca ainda a importância do acompanhamento profissional. “Check-ups periódicos, avaliação de pressão arterial, exames laboratoriais e acompanhamento profissional ajudam a identificar precocemente fatores de risco e permitem intervenções rápidas e eficazes”, aponta a cardiologista.

    O também cardiologista Marcos Filho, do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), reforça o papel da prevenção. “Todas as doenças cardiovasculares, seja pressão alta, infarto ou AVC, nós temos como prevenir. Uma dieta rica em legumes, verduras, carne branca, pobre em gordura e açúcar, fazer exercício físico pelo menos 150 minutos na semana, evitar fumar e beber grandes quantidade de álcool, naturalmente diminuímos as chances de um AVC ou infarto”.

    10 imagensO acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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    O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

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    O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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    Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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    O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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    Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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    Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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    Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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    Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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    Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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    Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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    Dietas que protegem a circulação

    Cardiologistas apontam padrões alimentares que favorecem a saúde vascular e reduzem inflamações. O foco recai sobre a ingestão de frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras. Também devem ser incluídas no cardápio as gorduras de boa qualidade presentes em peixes e óleos vegetais como o azeite de oliva que equilibram o metabolismo e reduzem os níveis de colesterol.

    Além disso, boa parte da dieta saudável é saber o que excluir do menu. Devemos evitar ultraprocessados, reduzir a ingestão de sal, de açúcar e de gorduras industriais, que interferem na pressão arterial e aumentam rigidez vascular. Dietas equilibradas também ajudam no controle da glicemia, fator essencial para prevenir danos nos vasos cerebrais.

    Esses ajustes fortalecem a função endotelial, camada que recobre vasos e responde a alterações metabólicas. A melhora dessa função reduz a formação de placas e impede obstruções que podem causar AVC isquêmico, o tipo mais comum no país.

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