A coluna apurou que durante a análise dos dados do celular do traficante Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (foto em destaque), o BMW — apontado como instrutor de atiradores e executores do Comando Vermelho (CV) — a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) encontrou provas que evidenciam a crueldade da facção criminosa.
Em uma de suas conversas com um integrante do grupo criminoso, BMW recebeu a foto de um cérebro humano. O traficante que mandou o registro segurava o órgão em uma de suas mãos.
Após a análise do conteúdo, os investigadores constataram que a imagem teria sido enviada por um criminoso identificado como Leonardo de Araujo Alves da Silva, mais conhecido como “Fielzinho”. Já era de conhecimento da polícia que ambos mantinham proximidade.
Veja:


A foto foi encontrada peos investigadores no celular de BMW
Material cedido ao Metrópoles
Fontes ouvidas pela coluna apontam que a peça está anexada no inquérito policial que resultou na deflagração da megaoperação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha.
Para a Polícia Civil, a imagem é a prova cabal da brutalidade e crueldade com que o CV comanda as regiões sob seu domínio.
Quem é BMW
O nome de Juan Breno centralizou debates após a megaoperação. Isso porque, segundo o Ministério Público do RJ (MPRJ) e a Polícia Civil, para além de ser um traficante faccionado, BMW treina atiradores e os transforma em executores da facção.
Investigações apontam que BMW atua na linha de frente da militarização do crime no Rio, sendo responsável por treinar novos integrantes para o confronto direto com forças de segurança.
Os treinamentos ocorrem em áreas de mata e pedreiras do Complexo da Penha, o mesmo território onde a operação Contenção avançou.
BMW é um dos chefes do Grupo Sombra, célula especializada em punições e homicídios determinados pela cúpula do CV, incluindo a realização de “tribunais” e o uso de tortura como instrumento de controle social.
Ele era um dos principais alvos da operação Contenção, mas conseguiu escapar durante os confrontos.

