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Bolsas dos EUA operam no vermelho com Nvidia, IA, emprego e juros

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Bolsas dos EUA operam no vermelho com Nvidia, IA, emprego e juros

Os principais índices das bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em baixa na manhã desta terça-feira (18/11), reeditando as perdas da véspera, refletindo a cautela dos investidores em relação aos preços elevados das ações de tecnologia e à alavancagem de empresas de inteligência artificial (IA).

Alavancagem é o uso de recursos de terceiros para multiplicar o resultado de um investimento ou negócio. Em linhas gerais, ela permite que se opere com um volume financeiro maior do que o capital próprio disponível, aumentando o potencial de lucro, mas também o risco de perdas. Setores do mercado já começam a temer uma possível “bolha” da IA.

O que aconteceu

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À espera do balanço da Nvidia

O mercado norte-americano segue em compasso de espera pela divulgação dos resultados financeiros trimestrais da Nvidia, gigante norte-americana na fabricação de chips para computadores e dispositivos móveis e a empresa mais valiosa do mundo.

O balanço da companhia será divulgado na quarta-feira (19/11). No fim de outubro, a Nvidia foi a primeira empresa de capital aberto da história a alcançar a marca de US$ 5 trilhões em valor de mercado.

A companhia, inclusive, superou esse patamar histórico e bateu US$ 5,1 trilhões (o equivalente a R$ 27,3 trilhões, pela cotação atual). A Nvidia já havia sido a primeira companhia a superar os US$ 4 trilhões em valor de mercado, em julho.

Na véspera do anúncio dos resultados da empresa, as ações da Nvidia registravam queda nesta terça-feira. Por volta das 12h15 (pelo horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 3,21% e eram negociados a US$ 180,62.

Emprego e juros nos EUA

Ainda nesta terça, é divulgado o relatório do ADP Research Institute, em parceria com o Stanford Digital Economy Lab, sobre as vagas semanais de emprego no setor privado.

Os dados sobre o mercado de trabalho são um dos componentes mais importantes observados pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) para definir a taxa de juros. Analistas temem que a aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Por outro lado, dados fracos de emprego alimentariam as projeções mais pessimistas de que a economia dos EUA pudesse entrar em recessão nos próximos meses.

Em sua última reunião, no fim de outubro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, para o intervalo entre 3,75% e 4% ao ano.

A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed, indicado por Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa de juros.

A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros, a última do ano, está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, a probabilidade de manutenção dos juros por parte do Fed no próximo mês está em 55,6%. Hoje, 44,4% dos investidores apostam em uma nova redução de 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,5% e 3,75% ao ano.

Vários fatores justificam a mudança de humor do mercado sobre as taxas norte-americanas. Na última semana, diversos integrantes do Fed se mostraram pouco receptivos a um eventual corte de juros.

Nesta terça-feira, o mercado também repercute declarações de dirigentes do Fed, que podem indicar o caminho dos juros da economia dos EUA. O primeiro a falar é o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr. Em seguida, Thomas Barkin, integrante do Fomc, também fará discurso.

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