O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou a familiares que teme ser envenenado na prisão. Foi por esse motivo, e não apenas por restrições alimentares, que o ex-mandatário solicitou que parentes possam lhe enviar comida na carceragem da Polícia Federal em Brasília, onde está detido.
A interlocutores próximos, Bolsonaro disse acreditar que o “sistema” não quer vê-lo preso, mas, sim, morto. A tese tem como base a facada ocorrida em 2018 e o fato de a PF ter concluído que o agressor, Adélio Bispo, agiu sozinho.
Bolsonaro está preso em carceragem da PF
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Senador Flávio Bolsonaro visita o pai, Bolsonaro, que está preso na superintendência da Polícia Federal
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsaki
Carlos Bolsonaro visita o pai em carceragem da PF
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsaki
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro
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Em conversa recente, o ex-presidente se mostrou convicto de que Adélio teria sido financiado por alguém ligado ao referido sistema, mesma organização que, segundo Bolsonaro, agora atuaria contra ele. “Adélio não foi um lobo solitário”, opinou.
Nessa terça-feira (25/11), Moraes autorizou que uma pessoa previamente cadastrada pela defesa possa levar alimentos a Bolsonaro na prisão, no horário que for estipulado pela Polícia Federal. A corporação deverá fiscalizar e registrar os alimentos que forem entregues ao ex-presidente.
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Bolsonaro resiste a indicar sucessor
Mesmo preso, Jair Bolsonaro resiste a indicar um nome do campo conservador para disputar a eleição à Presidência da República no ano que vem. O ex-mandatário avalia que, a partir do momento que fizer a indicação, será esquecido pela classe política e terá mais dificuldades de reverter o quadro atual.
Dirigentes de partidos do Centrão, contudo, pressionam para que Bolsonaro defina um candidato ainda este ano, de modo que o escolhido tenha tempo para fazer uma pré-campanha e ganhe musculatura para o pleito contra o presidente Lula.
