Governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência da República, Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta quarta-feira (12/11), que concederá indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos detidos pelos atos de 8 de Janeiro caso se eleja presidente.
“Certamente [daria anistia se fosse presidente] a ele e a todos que ainda estavam detidos devido aquilo que foi chamado de ‘golpe’, que não foi, do dia 8 de janeiro de 2023. Nós precisamos passar uma borracha nesse episódio, que não foi golpe. Foi um ato de vandalismo, condenável, errado, mas golpe, não”, declarou Zema em entrevista à coluna.
VÍDEO
O governador disse que as ações não configuraram tentativa de tomada de poder. “Talvez seja o único golpe do mundo não armado, sem envolvimento de qualquer força de segurança. Baderneiros e depredadores que merecem pena, mas não de atentado ao Estado de Direito. Já tivemos muitas manifestações em Brasília com depredações, e não foram taxadas de golpe.”
Zema também defendeu que o perdão inclua Bolsonaro. “Então, é necessário darmos esse indulto a essas pessoas e, principalmente, ao presidente que ainda tem problemas de saúde acarretadas pela facada que ele sofreu em 2018.”
Leia também
-
Zema apoia cooperação com EUA no combate às facções no Brasil
-
Tagliaferro protocola pedido de impeachment de Moraes
-
Zema defende presídio na Amazônia para faccionados do PCC e CV
-
Zema critica Lula por fala sobre operação no Rio: “Lamentável”
Questionado sobre uma eventual transferência do ex-presidente de prisão domiciliar para o presídio da Papuda, o governador respondeu: “Vejo mais como um plano midiático da esquerda do que uma necessidade.”
Para embasar a tese, Zema argumentou que percebe alinhamento entre o STF e o governo federal.
“Parece um STF que parece que está muito tendencioso a fazer aquilo que tem sido adequado para a esquerda, o governo federal ou aos ministros. Ele [Bolsonaro] já está em prisão domiciliar há alguns meses, não tem causado nenhuma ação que possa justificar desobediência ao que foi determinado na sentença. Então, por que não mantê-lo lá, onde é mais fácil tratar da saúde, ter uma convivência com os familiares e receber algumas visitas em vez de mandá-lo para o presídio? Ele não oferece nenhum perigo.”
