MAIS

    Boulos inicia missão de Lula de pôr governo na rua em seu reduto em SP

    Por

    O recém-empossado ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol), faz neste sábado (8/11) sua primeira agenda pública em seu reduto eleitoral, no Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.

    O local escolhido para o lançamento do programa Governo na Rua fica a menos de 4 km da casa do psolista. A região também tem forte concentração do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que Boulos liderou.

    A ideia do programa é ouvir demandas da população periférica e levá-las para o governo federal. Boulos recebeu de Lula uma missão de “colocar o governo na rua”, justamente o nome do programa que o ministro lança neste sábado.

    Boulos tomou posse em 29 de outubro, no lugar de Márcio Macedo (PT), cujo trabalho vinha sendo bastante criticado por diversos setores da esquerda. O trabalho do ministério é intermediar a relação do governo com movimentos sociais.

    8 imagensGuilherme BoulosGuilherme BoulosGuilherme BoulosDeputado Federal Guilherme Boulos (PSol)Guilherme Boulos, deputado pelo PSOL de São PauloFechar modal.1 de 8

    O deputado federal Guilherme Boulos

    DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka2 de 8

    Guilherme Boulos

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo3 de 8

    Guilherme Boulos

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo4 de 8

    Guilherme Boulos

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo5 de 8

    Deputado Federal Guilherme Boulos (PSol)

    Reprodução/Esfera Brasil6 de 8

    Guilherme Boulos, deputado pelo PSOL de São Paulo

    Foto: Danilo M. Yoshioka7 de 8

    Guilherme Boulos em discurso após ser derrotado por Ricardo Nunes em SP

    DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka8 de 8

    O deputado federal Guilherme Boulos

    DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka

    No dia 29 de outubro, centenas de integrantes de movimentos sociais foram ao salão nobre do Palácio do Planalto para assistir à cerimônia de posse do novo ministro. Passada uma semana, o titular da pasta tem se movimentado para cumprir a missão dada por Lula. Em seu novo posto, o psolista já se reuniu com empresários, trabalhadores e conselhos populares.

    No dia seguinte à posse, o novo ministro recebeu em seu gabinete representantes de entregadores de aplicativo. Na ocasião, o grupo entregou uma carta de reivindicações da categoria. A melhoria na relação com os trabalhadores dessa área é uma das prioridades da gestão do psolista à frente da pasta.

    No mesmo dia, Boulos levou os convidados para almoçar no bandejão do Planalto, estabelecimento frequentado por servidores palacianos. No local, ele foi tietado por funcionários.

    Leia também

    Quem é Guilherme Boulos

    • Com 25 anos de militância, Guilherme Boulos iniciou a carreira política no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do qual se tornou uma das principais lideranças.
    • Formado em filosofia, com especialização em psicologia clínica e mestrado em psiquiatria, o psolista é psicanalista e professor.
    • Concorreu à Presidência da República pela primeira vez em 2018. Na ocasião, recebeu 617 mil votos e terminou em 10º lugar entre 13 candidatos.
    •  Na eleição municipal de 2020, foi candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, mas acabou derrotado no segundo turno pela chapa formada por Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).
    • Nas eleições seguintes, em 2020, desistiu de concorrer ao governo paulista para apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT). Foi eleito como deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado no estado.
    • Na última tentativa de disputar um cargo no Executivo municipal, em 2024, Boulos chegou ao segundo turno contra Ricardo Nunes, mas foi derrotado.
    • Segundo o presidente Lula, o novo ministro tem a “missão de ampliar ainda mais o diálogo com os movimentos sociais”.
    • Com a demissão de Márcio Macêdo, a mudança na pasta foi feita para promover a interlocução do Executivo com movimentos sociais e organizações da sociedade civil. A expectativa é que o novo ministro mobilize as bases visando a reeleição do presidente em 2026.