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    “Bradock”, chefe armado do CV e matador de polícia, é preso no RJ

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    A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (27/11), um dos nomes mais importantes da expansão armada do Comando Vermelho (CV) na Zona Oeste.

    Carlos Antonio Gomes Júnior, conhecido como “Bradock”, foi capturado por equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e do Core, em mais uma fase da Operação Contenção, que mira o núcleo mais violento da facção.

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    Segundo a investigação, Bradock era o braço direito do traficante Rodney Lima de Freitas, o RD, financiador da ação do CV que, nos últimos meses, desencadeou sucessivas invasões armadas em áreas dominadas pela milícia.

    Ele não era apenas um executor, era o comandante da Tropa do RD, grupo responsável por ataques diretos, tomadas de território e confrontos de alta letalidade.

    A tropa mais violenta da expansão

    A Tropa do RD se consolidou como o principal braço ofensivo do Comando Vermelho na Zona Oeste.

    O grupo, antes aliado da milícia em Campo Grande e Santa Cruz, passou a atuar exclusivamente para o CV, ampliando de maneira agressiva a presença da facção na região.

    As investidas envolviam:

    • invasões estruturadas com armamento de guerra
    • ataques a comunidades rivais
    • expulsão de grupos opositores
    • fechamento de ruas, barricadas e controle de acessos
    • domínio territorial por intimidação

    Nos últimos meses, a Favela da Carobinha se tornou o epicentro desse conflito, com confrontos quase diários e relatos de moradores acuados pelas disputas entre facções.

    O “matador” de polícia

    Além do papel estratégico, Bradock é apontado como autor do latrocínio do policial penal Henry, morto em Santa Cruz em um crime de grande repercussão.

    A ordem teria partido da própria Tropa do RD, e o episódio reforçou a posição de Bradock como “matador de polícia” dentro da hierarquia do CV.

    O histórico violento do traficante, somado à capacidade de articulação, colocou seu nome entre os alvos prioritários da inteligência.

    A caçada e o cerco final

    Nos últimos dias, agentes da DRF e do Core acompanharam discretamente os deslocamentos do criminoso por áreas dominadas pelo Comando Vermelho.

    Com o ponto confirmado, as equipes montaram um cerco tático e conseguiram prender Bradock sem troca de tiros, em uma operação considerada limpa e precisa.