Uma turista brasileira que foi atropelada por um trem do metrô de Nova York, em 2016, será indenizada em US$ 81,7 milhões de dólares (cerca de R$ 435 milhões) pela Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA, da sigla em inglês). Luisa Janssen Harger da Silva, 31 anos, perdeu o braço e a perna esquerda na tragédia.
Quase 10 anos após o acidente, o Tribunal Federal do Brooklyn decidiu que a MTA deve indenizar a brasileira por não oferecer proteção para as pessoas que caíram nos trilhos do trem.
O acidente ocorreu em agosto de 2016, quando a vítima viajava de férias pelos Estados Unidos. Luisa, que na época tinha 21 anos, estava com o namorado na Estação Atlantic, no Brooklyn. A jovem desmaiou e caiu nos trilhos, sendo atingida por um trem que chegava na parada.
A brasileira ficou internada por 24 dias em um hospital nos EUA, precisou ter os membros amputados e passou por cirurgias e enxertos de pele. Hoje, ela usa próteses nos membros que perdeu.
No julgamento, a defesa da jovem apresentou documentos que mostram que a MTA tinha informações, desde 2011, que alertavam sobre riscos de pessoas inocentes caírem nos trilhos. No entanto, a autoridade rejeitou propostas para reforçar a segurança nas estações de metrô.
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O advogado David Roth, que representa a brasileira, disse ao jornal New York Post que “a omissão diante de um perigo conhecido e evitável é a definição de negligência”.
Em resposta ao New York Post, a Autoridade Metropolitana de Transporte informou que “discorda do veredito” e que vai recorrer da decisão.
O caso da brasileira não é inédito. Em 2024, um homem que perdeu o braço e a perna após cair embriagado nos trilhos e ser atingido por um trem, recebeu uma indenização da MTA por negligência. O juri determinou que ele fosse indenizado em US$ 90 milhões (cerca de R$ 480 milhões), valor que depois foi reduzido para US$ 40 milhões (R$ 213 milhões).
No ano passado, outro homem que perdeu um braço e uma perna ao cair embriagado nos trilhos e ser atingido por um trem do metrô recebeu inicialmente uma indenização impressionante de 90 milhões de dólares, concedida por um júri . A indenização foi reduzida por um juiz em junho para pouco menos de 40 milhões de dólares.