Pelo menos 450 pessoas trabalhavam sem receber ao menos o piso salarial no projeto bilionário de construção do Cacau Park, parque de diversões da Cacau Show. A situação foi constatada por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que participaram de uma operação no canteiro de obras localizado em Itu, interior de São Paulo.
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A operação foi deflagrada após o MTE receber denúncias de condições sanitárias precárias e irregularidades no pagamento dos funcionários. A Cacau Show foi autuada e terá que apresentar soluções para regularizar a situação.
A obra do parque é estimada em R$ 2 bilhões e promete ser o maior parque de diversões do país. Como mostrou a coluna, o projeto é uma ode a Alê Costa e à rede criada por ele, que hoje conta com mais de 4 mil unidades espalhadas em todo o Brasil.
Os carrinhos de bate-bate, por exemplo, são Fuscas azuis modelo 1988. Uma referência ao primeiro veículo que Alê teria usado para vender chocolates (confira imagens na galeria abaixo). O projeto ainda promete a montanha-russa mais rápida da América Latina e espaços dedicados aos produtos mais conhecidos da Cacau Show.
Divulgação
Funcionários e ex-funcionários que trabalham diretamente no projeto e construção do parque de diversões afirmaram à coluna que o CEO da Cacau Show tem pressa. Tanta pressa que os colaboradores são submetidos a rotinas exaustivas, com intensa pressão para a conclusão de etapas – muitas vezes, a despeito da qualidade e da segurança das futuras instalações. Há, também, relatos de descumprimento de contratos e direitos trabalhistas.
