Deputados que discutem a proposta de Orçamento da União para 2026 já se preparam para uma briga jurídica da Câmara com o governo Lula no próximo ano, às vésperas da eleição nacional.
Isso porque o Palácio do Planalto já fez chegar a líderes da Casa Legislativa que pretende judicializar o chamado “calendário das emendas”, que obrigaria o governo a pagá-las antes do período eleitoral.
O plenário da Câmara contou com poucos deputados no dia 2/6 de 2025.
2 de 3
O plenário da Câmara contou com poucos deputados no dia 2/6 de 2025.
Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados3 de 3
Câmara dos Deputados irá discutir a reforma administrativa
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Segundo deputados, o governo avisou que, se o calendário for aprovado, vai tentar declará-lo como inconstitucional. Para isso, o Palácio do Planalto acionaria o STF por meio da Advocacia-Geral da União (AGU).
Apesar da ameaça do governo, o Centrão não pretende desistir de aprovar o calendário das emendas. O suposto atraso nos pagamentos é hoje uma das principais reclamações de deputados e senadores em relação ao governo.
Leia também
-
Governo da Bahia negocia transferência de corpos da operação no Rio
-
O nome favorito de Janja para a secretaria mais importante de Boulos
-
O que Gilmar e o escolhido de Lula para o STF conversaram no Planalto
-
Para governistas, CPI do Crime Organizado será mais difícil que outras
Integrantes do grupo também apostam que a disputa não atrasará a votação do Orçamento. Nas palavras de um deputado, seria “desastroso” a peça orçamentária não ser aprovada ainda neste ano.
A avaliação é de que a eventual não votação da LDO e do Orçamento até dezembro atrasaria ainda mais o pagamento das emendas em 2026, o que seria péssimo para os parlamentares em um ano eleitoral.
