O vereador Carlos Bolsonaro (PL) se manifestou, neste sábado (22/11), sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro foi preso por volta das 6h da manhã e encaminhado para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.
Na publicação, Carlos afirma que a detenção do pai faria parte de uma “orquestra” montada para “neutralizar” Bolsonaro politicamente. Segundo ele, haveria uma tentativa inicial de conduzi-lo à prisão domiciliar como forma de “transferir sua força e seu capital político para algum candidato do sistema, sem grandes desgastes”.
Como isso não teria prosperado, o vereador diz que o plano avançou para uma fase “mais humilhante”, com a prisão preventiva, que classificou como um recado explícito para que o ex-presidente “abra mão de sua força ou morra sozinho, jogado numa cela”.
Na leitura de muitos, toda essa orquestra foi montada para conduzir Jair Bolsonaro ao ponto que o sistema considera o limite aceitável. Primeiro tentaram empurrá-lo para uma prisão domiciliar: uma forma silenciosa de neutralização que, se funcionasse, permitiria transferir sua… pic.twitter.com/XsHNkKZ5Ma
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) November 22, 2025
Ataque a Lula
Carlos ainda teceu críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem atribui “falta de condições políticas para uma reeleição”. Segundo o vereador, Lula teria se desgastado com integrantes do Supremo por não priorizar a retirada de sanções impostas pelos Estados Unidos a um aliado, optando por “manobras eleitorais”, o que, na visão dele, teria criado “rachaduras no sistema”.
O vereador afirma ainda que esse cenário teria levado a uma tentativa de construção de uma “direita permitida”, capaz de atender aos interesses de grupos de poder sem ameaçar “esquemas espúrios”.
Ele também aponta “articulações obscuras” envolvendo Venezuela e o Comando Sul dos Estados Unidos, afirmando que ambos seriam peças em um “tabuleiro geopolítico” que incluiria o Brasil de forma “visceral”.
“Dentro dessa lógica implacável, o objetivo não muda: querem Jair Bolsonaro enterrado vivo. Ou morto, como já tentaram. Tudo para que a democracia das cartas marcadas e do teatro das tesouras volte a funcionar como sempre funcionou antes da ruptura que a eleição de Jair Bolsonaro em 2018 representou para os esquemas estabelecidos”, declarou o vereador.
Na última sexta-feira (21/11), o vereador chegou a fazer uma publicação demonstrando preocupação e afirmando temer o agravamento do estado de saúde do pai. Ele também afirmou que a madrugada havia sido “torturante” e “sem descanso”.
Leia também
-
“País amanheceu triste”, diz Cláudio Castro sobre prisão de Bolsonaro
-
No Ceará, Michelle Bolsonaro chegará de jatinho a Brasilia esta tarde
-
Gayer diz que vai a Brasília para “decisões” após prisão de Bolsonaro
-
Churrasco e niver antecipado: veja reações dos vizinhos de Bolsonaro
“Estou com meu pai e jamais o vi como está. Está soluçando dormindo e fico com medo de refluxo nesse estado, o que pode de fato se tornar fatal caso broncoaspire o que vomitar. Se acordado, vomita constantemente; dormindo, fico com calafrios só de olhar. Como gostaria de expor o que vejo, mas estou impossibilitado por medidas ilegais de assim fazê-lo. Meu Deus!”
