Lideranças do Centrão avisaram caciques bolsonaristas que Hugo Motta (Republicanos-PB) só pretende pautar o “PL da Dosimetria” na Câmara quando houver acordo para reduzir as penas dos condenados pelo 8 de Janeiro, sem incluir anistia.
A estratégia de Motta, dizem parlamentares de partidos de centro, será deixar bolsonaristas “na cadeirinha” — ou seja, de castigo — por pelo menos mais uma semana, enquanto Jair Bolsonaro segue cumprindo pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Senador Flávio Bolsonaro após visitar o pai, Bolsonaro, que está preso na superintendência da Polícia Federal. -113
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsaki
Senador Flávio Bolsonaro após visitar o pai, Bolsonaro, que está preso na superintendência da Polícia Federal
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Flávio diz que pai está indignado na PF: “O que fiz para estar aqui?”
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Segundo aliados, Motta sabe que, independentemente do texto, ele será criticado pela esquerda. Assim, o presidente da Câmara quer ter a certeza de que também não será “queimado” pela direita por pautar um texto de interesse bolsonarista.
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Reunião sem acordo
Na terça-feira (25/11) Motta se reuniu com lideranças do Centrão para debater o assunto. Ele também recebeu o relator do “PL da Dosimetria”, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
Segundo fontes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também esteve na reunião. Como mostrou a coluna, ele será o interlocutor do pai na prisão e assumirá as conversas com Paulinho em busca de um acordo para a votação do projeto.
