Processo aberto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu que o CEO da Azul, John Peter Rodgerson, divulgou informações distorcidas sobre a saúde financeira da empresa.
Em outubro de 2024, o CEO concedeu entrevistas à imprensa nas quais informou uma receita esperada de R$ 20 bilhões em 2024 e a “possibilidade de geração de R$ 1 bilhão em receitas adicionais em 2025 por causa de um plano estratégico”.
Na ocasião, a Azul tentava convencer investidores de que estava saudável financeiramente e buscava uma fusão com a GOL. Meses depois, contudo, a companhia pediu recuperação judicial nos EUA. Desde então, abandonou 51 rotas nacionais alegando crise financeira, mas inaugurou três voos internacionais para Portugal a partir do Recife, base eleitoral do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Leia também
-
Gol anuncia fim das negociações para fusão com a Azul
-
Azul aumenta receita, mas vê prejuízo disparar mais de 1.000%
-
Com apoio do governo, Azul cancela voos nacionais e prioriza exterior
-
Número de cidades com voos suspensos pela Azul vai a 14; veja lista
A coluna apurou que a fusão entre Azul e GOL não foi efetivada justamente porque a GOL encontrou inconsistências no balanço da Azul.
O vice-presidente de finanças, Alexandre Malfitani, também foi denunciado pela Superintendência de Relações com Empresas, que iniciou a investigação.
Procurada, a CVM disse que não comentar o caso. “O assunto objeto de sua demanda está sendo analisado no âmbito do processo 19957.015900/2025 – 47. A Autarquia não comenta casos específicos”, informou.
