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    CEO da Azul vira réu na CVM por distorcer informações ao mercado

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    Processo aberto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu que o CEO da Azul, John Peter Rodgerson, divulgou  informações distorcidas sobre a saúde financeira da empresa.

    Em outubro de 2024, o CEO concedeu entrevistas à imprensa nas quais informou uma receita esperada de R$ 20 bilhões em 2024 e a “possibilidade de geração de R$ 1 bilhão em receitas adicionais em 2025 por causa de um plano estratégico”.

    Na ocasião, a Azul tentava convencer investidores de que estava saudável financeiramente e buscava uma fusão com a GOL. Meses depois, contudo, a companhia pediu recuperação judicial nos EUA. Desde então, abandonou 51 rotas nacionais alegando crise financeira, mas inaugurou três voos internacionais para Portugal a partir do Recife, base eleitoral do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

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    A coluna apurou que a fusão entre Azul e GOL não foi efetivada justamente porque a GOL encontrou inconsistências no balanço da Azul.

    O vice-presidente de finanças, Alexandre Malfitani, também foi denunciado pela Superintendência de Relações com Empresas, que iniciou a investigação.

    Procurada, a CVM disse que não comentar o caso. “O assunto objeto de sua demanda está sendo analisado no âmbito do processo 19957.015900/2025 – 47. A Autarquia não comenta casos específicos”, informou.